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CGEE mapeia desafios e soluções para promover cidades sustentáveis

Cidades Sustentáveis

CGEE mapeia desafios e soluções para promover cidades sustentáveis

A taxa de urbanização no Brasil deve chegar a 90% até 2020. Essa aglomeração humana pede por um crescimento sustentável, que respeite os limites naturais do ecossistema e reduza desigualdades. O CGEE acaba de concluir estudo em que identifica os principais desafios e as soluções associadas em ciência, tecnologia e inovação, além de apresentar uma estratégia de ação para tornar as cidades mais sustentáveis no país.

A iniciativa foi demandada e conduzida em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), visando oferecer subsídios para o Programa Tecnologias para Cidades Sustentáveis, da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social da pasta.

Uma das propostas apontadas pelo estudo é a criação do Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis. A iniciativa já está sendo conduzida pelo CGEE, visando a oferecer inteligência estratégica para o desenho e a implementação de políticas públicas de CT&I voltadas ao tema.

Por meio do observatório, será possível antecipar, identificar, monitorar e sistematizar desafios e soluções para a sustentabilidade urbana, seja na forma de tecnologias, ações que fomentem uma transição das cidades para a sustentabilidade ou enfoques de planejamento integrado inovadores. O projeto viabilizará a construção de um olhar de longo prazo sobre o tema.

“Um aspecto fundamental está na capacidade de construir e utilizar uma metodologia que possa contextualizar tanto desafios e soluções a diferentes realidades no território nacional, considerando as diversas regiões ou distintas tipologias de cidades”, destaca Cristiano Cagnin, líder do estudo e assessor técnico do Centro.

Na sua opinião, o princípio de experimentar iniciativas já em curso ajuda a verificar a possibilidade de replicar ou adaptar projetos a diferentes contextos urbanos e, assim, gerar escala para as inovações desenvolvidas.

O projeto busca soluções que respondam ao mesmo tempo os desafios ambientais, sociais e econômicos, atuais e futuros, de forma sustentável. Além disso, promover a melhoria da qualidade de vida nas cidades, observando a necessidade de contextualização, de forma que as soluções para o enfrentamento dos desafios sempre respeitem a realidade e as condições locais.

"Esses desafios trazem consequências diretas para áreas interrelacionadas como saúde, educação, recursos naturais, energia, mobilidade, alimento, segurança e economia e superá-los contribuirá para um reequilíbrio na relação da cidade com seu ecossistema, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa, por exemplo, e contribuindo para uma maior qualidade de vida da população", acrescenta o assessor.

O CGEE incluiu em seus resultados a apresentação de um modelo misto para o programa do MCTI, para que ele passe a trabalhar com demandas induzidas, parcialmente induzidas e também espontâneas.

O Centro sugere ainda a inserção de uma quinta pauta às quatro já abordadas pelo programa do ministério: a conservação e recuperação de ecossistemas e biodiversidade, incluindo a gestão adequada dos recursos hídricos.

"O Brasil tem uma dupla tarefa em termos da sustentabilidade urbana. Investir para resolver problemas sanitário-ambientais típicos do século XX e avançar numa agenda relacionada à redução do impacto ambiental das cidades e a remediação dos efeitos do aquecimento global", afirma Cagnin.

Informações sobre o projeto podem ser obtidas neste link.  

 



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