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CGEE se consolida como observatório em tendências de CT&I

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CGEE se consolida como observatório em tendências de CT&I

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), tem como missão subsidiar processos de tomada de decisão em temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação. Para isso, são realizados estudos e avaliações baseados em articulação com especialistas e instituições do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI). Nessa linha de ação, um grande destaque de 2020 são os observatórios do Centro, que têm como objetivo acompanhar e antecipar o desenvolvimento de temas estratégicos. 
 
Uma dessas iniciativas é o Observatório de Tecnologias Espaciais (OTE), que tem como objetivo acompanhar o desenvolvimento e a evolução de tecnologias que tenham potencial de ser aplicadas à área espacial. O observatório fornece, para instituições nacionais, informações de caráter geral sobre o desenvolvimento de tecnologias de interesse do setor espacial com potenciais impactos em outros setores estratégicos. 
 
Em 2020, o OTE, de forma inovadora, ofereceu soluções tecnológicas para o setor espacial, como o projeto de um satélite de pequeno porte (CubeSat) para obter imagens do território brasileiro (projeto Brisa). A equipe do observatório produziu boletins semestrais e o “Documento Estratégico para o Setor Espacial”, além da atualização do banco de dados sobre CubeSats, que atualmente é um dos mais completos do mundo. Até o dia 30 de dezembro de 2020, foram recolhidas e disponibilizadas informações sobre todos os 1.266 CubeSats lançados no mundo até hoje. 
 
Destaque também para a repercussão que o artigo “Towards the Thousandth CubeSat: A Statistical Overview” teve em nível mundial. O trabalho figurou durante algumas semanas como “featured article” (artigo de destaque) no periódico em que foi publicado (“International Journal of Aerospace Engineering”) e teve, até 30 de dezembro, 10.962 visualizações, 2.143 downloads (no site do periódico) e 54 citações (Google Scholar).
 
Durante o ano de 2020, a Agência Espacial Brasileira (AEB) solicitou apoio à equipe do observatório para a identificação e análise de necessidades para o setor espacial, ressaltando que o trabalho desenvolvido pelo OTE tem relevância para ser apropriado por um órgão do Estado Brasileiro. No caso, a instituição responsável por coordenar o Programa Espacial Brasileiro (PEB).
 
Para este novo ano, além das atividades rotineiras de monitoramento de tecnologias do setor espacial reunidas por meio das publicações de boletins semestrais e de um relatório anual, o OTE publicará o quinto “Documento Estratégico para o Setor Espacial”, que terá como foco sistemas portáteis de recepção de dados e controle de CubeSats.
 
O CGEE também é responsável pelo Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (OCTI), que visa disponibilizar para o SNCTI informações e análises que contribuam para a elaboração de estratégias para o enfrentamento de desafios e para novas ações que impulsionem o desenvolvimento sustentável do país. Neste primeiro ano de atuação, o OCTI produziu dois boletins sobre a produção científica e tecnológica relacionada ao coronavírus e à Covid-19. O segundo deles, fruto de uma parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), buscou insumos para a compreensão e a elaboração de ações voltadas aos desafios da pandemia.
 
“Tem sido grande o investimento em parcerias, capacitação e desenvolvimentos que permitam ampliar a compreensão do ambiente de CT&I, no Brasil e no mundo, identificando tendências e temas emergentes, fortalecendo a construção de políticas públicas baseadas em evidências sólidas e confiáveis”, afirma a coordenadora do projeto e assessora técnica do CGEE, Adriana Badaró. 
 
Para o próximo ano, está previsto o lançamento de um boletim anual fruto do trabalho realizado em 2020, que contém um panorama da produção científica brasileira nos últimos cinco anos, análises sobre os principais temas e tendências identificados no Panorama da Ciência no Brasil, uma análise atualizada sobre a produção científica no mundo relacionada à COVID-19, além de destaques sobre os indicadores produzidos pelo OCTI sobre a geografia da CT&I no Brasil. Além disso, será lançado um ambiente virtual para o observatório, que contará com uma diversidade de visualizações e representações das diversas metodologias e análises desenvolvidas pela iniciativa sobre a produção científica do Brasil e do mundo. 
 
Outra iniciativa de destaque é o Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (Oics), uma plataforma virtual que monitora, organiza e exibe soluções sustentáveis e inovadoras contextualizadas no território nacional, por meio de tipologias de cidades-região. O objetivo é promover soluções locais, regionais, nacionais e internacionais para o aprendizado e apropriação dos diferentes usuários, fomentando a transição das cidades brasileiras para a sustentabilidade.
 
O Oics é realizado por meio do projeto CITinova, uma iniciativa multilateral realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), o CITinova é implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e executado em parceria com a Agência Recife para Inovação e Estratégia (Aries) e Porto Digital, o CGEE, o Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema/DF). 
 
Uma ação importante realizada pelo Oics neste ano foi o lançamento da nova plataforma, trazendo um banco de dados de soluções inovadoras para consulta nos temas relacionados à sustentabilidade urbana e um mapa dinâmico para cruzar as informações das soluções com as características sociodemográficas e ambientais dos diferentes tipos de território que compõem o Brasil. A nova plataforma apresenta publicações e trabalhos relacionados aos temas, informações sobre o andamento dos pilotos do projeto CITinova (Brasília e Recife), e notícias sobre eventos e atualidades que envolvem sustentabilidade. 
 
O observatório assinou acordos de cooperação com parceiros que, desde então, estão contribuindo para o trabalho. O Iclei (sigla em inglês para Governos Locais pela Sustentabilidade), a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e a Fundação Grupo Boticário são os novos parceiros do CGEE no projeto. 
 
Além disso, a equipe do observatório produziu cinco resumos executivos apresentando contribuições de especialistas sobre “Mecanismos de suporte às energias renováveis no Brasil”“Soluções em mobilidade”; “Soluções para o ambiente construído”; “Soluções baseadas na natureza”; Sistemas descentralizados de saneamento; e “Tipologias territoriais para cidades sustentáveis”.
 
Junto aos resumos executivos, foi lançada uma edição especial da revista Parcerias Estratégicas sobre Soluções baseadas na Natureza (SbN), um dos temas trabalhados pelo Oics. O periódico, relativo ao segundo semestre de 2020, traz uma coleção de onze artigos tendo como tema norteador as SbN. As contribuições reunidas na edição, produzidas no Brasil e em países europeus, buscam evidenciar os benefícios das SbN como alternativas aos desafios enfrentados globalmente e que são relacionados aos efeitos das mudanças climáticas.
 
Para 2021, estão previstos novos webinários sobre água, resíduos sólidos e ambiente construído, além do 4º Seminário Internacional de Soluções baseadas na Natureza. Para este ano deverá ser realizado, ainda, o lançamento da terceira etapa da plataforma do Oics. 
 
Seguindo a missão de promover um futuro mais sustentável, a bioeconomia é uma nova trajetória econômica que tem o potencial de reduzir as emissões totais de gases de efeito estufa e de criar um mercado bioeconômico global que respeite o meio ambiente. O CGEE trabalha a temática por meio do projeto Oportunidades e Desafios da Bioeconomia (ODBio), realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que visa subsidiar estratégias de implementação de políticas em ciência, tecnologia e inovação para promover  o desenvolvimento da bioeconomia nacional. Além disso, compreende a proposta de construção de um observatório e de modelos de governança na área.
 
Em 2020, o CGEE elaborou a proposta de criação de um Observatório em Bioeconomia (OBio). O projeto será capaz de prover aos agentes de governo, da academia, do setor empresarial e da sociedade civil organizada informações estruturadas e relevantes quanto ao estado presente e às tendências futuras da bioeconomia. “Dada à importância da bioeconomia para o país é fundamental e estratégica a construção de um observatório que auxilie na gestão do conhecimento em bioeconomia, integrando informações em um único espaço dinâmico e interativo”, ressalta a assessora técnica do CGEE, Emilly Caroline. 
 
Durante o ano de 2020, a equipe produziu o 1º Boletim OBio - Bioeconomia no Brasil e no mundo: Panorama da produção científica, que será lançado em 2021. Para este ano, também está previsto o lançamento do 2º Boletim, além das primeiras etapas de desenvolvimento e implantação do observatório.