Notícias

Voltar

Do estágio para o mundo: estudante representa o Brasil em Fórum de Jovens Líderes global

Institucional

Do estágio para o mundo: estudante representa o Brasil em Fórum de Jovens Líderes global

Emilly Caroline, 24, é estudante de engenharia de energia na Universidade de Brasília (UnB). Há um ano e seis meses, atua como estagiária no Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Essas credenciais foram determinantes para uma recente convocação que marcou definitivamente a sua carreira: Emilly foi convidada para representar o Brasil em um Fórum de Líderes Jovens em Vancouver, no Canadá, ao lado de dois estudantes, devido a projetos que realiza por meio do CGEE.

“Todo mundo deveria passar por uma experiência dessas na sua área de conhecimento, de conversar com outras pessoas e ver as ideias que estão acontecendo pelo mundo, compartilhar as suas experiências e saber o que estão pensando dos seus projetos. É incrível”, destaca Emilly. Foi a primeira vez que a estudante teve a oportunidade de fazer uma viagem internacional. “Se não fosse o CGEE, eu não conseguiria ir para o Fórum, fazer parte dessa iniciativa”, afirma.

O fórum visa despertar o interesse do público jovem para resolver desafios energéticos em busca do desenvolvimento sustentável. Ele compôs a programação do evento internacional CEM10/MI-4, promovido pelo Clean Energy Ministerial e pela Mission Innovation,iniciativa anunciada durante a Conferência das Partes (COP-21), em 2015. Esse evento, realizado em maio de 2019, reuniu líderes governamentais, representantes da indústria, pesquisadores e investidores de mais de 20 nações para a troca de experiências dos países na promoção do uso de energias limpas. 

O encontro global nunca havia promovido uma programação paralela para jovens líderes, até este ano. Foram 60 participantes de diversos países, e a estagiária do Centro foi selecionada para apresentar o tema de biocombustíveis sustentáveis, área em que o Brasil é co-líder dentro os desafios energéticos que compõem a Mission Innovation.

Para Emilly, o encontro mudou suas concepções e expectativas acerca das temáticas discutidas. “Ver o pessoal engajado, com força de vontade para fazer mudanças, dá um ânimo, um fôlego para trabalhar nesse sentido. Você enxerga a vontade deles, o empenho do ‘eu posso fazer a diferença’. Não são palavras vazias, há projetos, e você conclui que, mesmo se houver dificuldade no seu país, isso não precisa te barrar”, lembra. “Foi impagável, eu não descreveria todo o processo”.

“O estágio é a primeira etapa para o mercado de trabalho"

Em 2019, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos recebeu o "Prêmio Melhores Programas de Estágio" pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Um dos projetos realizados pelo CGEE que motivou o convite para a Emilly representar o país é o “Energy Big Push:acelerando a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em energia limpa no Brasil”. A iniciativa é uma demanda do Ministério de Minas e Energia (MME), com o apoio da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

De acordo com Emilly, o Centro possibilita mais do que o contato com grandes projetos na área de energia, mas também a sua participação direta. “Eu acho muito interessante porque meu trabalho é muito direto com os desenvolvedores, executando e dando as minhas opiniões”, destaca a estagiária. “Essa oportunidade que o CGEE abre para trabalharmos dentro do projeto é muito engrandecedora”, analisa. 

Durante o encontro global no Canadá, Emily relatou que foi frequentemente confundida pelos participantes como uma estudante de doutorado ou representante da sua empresa, em virtude da sua experiência na área proporcionada pelo Centro. “Os outros líderes jovens estavam em um nível a mais, mas ainda assim, consegui me equiparar e foi bem bacana. Eu estou na graduação, mas já tenho uma certa bagagem tanto pelo curso, quanto pelo CGEE”, lembra Emilly. “O estágio é a primeira etapa para o mercado de trabalho”, conclui.

Além da América: projeto na Coréia do Sul

O próximo destino da estudante de engenharia é a Coréia do Sul. Dessa vez, ela conquistou uma bolsa proporcionada pelo Instituto Rei Sejong, em parceria com a Universidade de Chosun, o governo coreano e com algumas de suas embaixadas. Emilly será a única integrante brasileira no GKS Invitation Program que, de acordo com ela, caracteriza uma imersão em diferentes setores do país, desde a cultura à indústria.

Durante dez dias, os participantes acompanharão o roteiro dos embaixadores, conhecerão os ministros coreanos, visitarão museus, universidades, indústrias, como a da Hyundai, entre outras atividades. De acordo com Emilly, sua ida não será desvencilhada do estágio. “Estou indo para compartilhar as minhas experiências também. É uma inserção cultural, mas você deve falar porquê foi selecionada e o que faz no seu país. Isso, de alguma forma, levará o nome do CGEE”, afirma a estagiária.