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Lançamento do novo Boletim Octi destaca a produção de CT&I em Pernambuco

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Lançamento do novo Boletim Octi destaca a produção de CT&I em Pernambuco

O Estado de Pernambuco detém o segundo maior valor da participação de produtos de alta e média-alta tecnologia dentre o seu total de exportações, ficando atrás somente de São Paulo por uma margem pequena. Esses e outros indicadores sobre a produção científica da unidade da Federação foram dados ontem (15), em um webinar, durante o lançamento do novo boletim temático do Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (Octi) do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). A publicação foi realizada em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco (Secti-PE). 
 
O tema Indicadores da Geografia da CT&I no Brasil, que é um dos eixos de atuação do Octi, foi apresentado pelo professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mariano Macedo. Ele afirmou que, para cada unidade da Federação, o observatório sistematizou  indicadores de diferentes naturezas: de insumos, processos, impactos e resultados. Nesse contexto, ele apresentou dados sobre o "Grau de endogenia de doutores", onde São Paulo se destaca com 95,6% e Rio de Janeiro, com 82,3%. O docente ressaltou ainda que alguns Estados, como Pernambuco (62,2%), apresentam percentuais superiores aos de suas respectivas grandes regiões (como o Nordeste com 43,8%). 
 
Além dos indicadores, a publicação traz informações sobre o eixo de Panoramas da C&T do observatório. Nesse contexto, o assessor técnico do CGEE, Marcelo Paiva, realizou uma palestra sobre a produção científica com a participação de Pernambuco. De acordo com ele, foi detectado um conjunto de 13.663 artigos que contam com pelo menos um autor vinculado a uma instituição da unidade da Federação. 
 
Paiva destacou ainda a atuação do Estado no combate à pandemia. “Foram encontrados 228 artigos que se envolvem diretamente com esse tema. Pernambuco participou ativamente na produção de conhecimento para o enfrentamento da covid-19. Aproximadamente 30% dessa produção foi feita em colaboração internacional”, ressaltou. 
 
Durante o webinar, a gerente de Estudos e Prospecção da Secti-PE, Jurema Regueira, falou sobre o trabalho que a secretaria tem realizado em termos de políticas de CT&I. “O Estado de Pernambuco possui uma fantástica diversidade econômica, social e ambiental, então, há um grande desafio de elaborar políticas públicas que contemplem toda essa diversidade. Hoje temos mais de uma centena de instituições que trabalham de forma articulada nas políticas de CT&I no Estado”, comentou.
 
Regueira apresentou as nove principais iniciativas em CT&I em Pernambuco e lembrou que, dentro de alguns dias, será lançada uma nova Estratégia de CT&I, fundamentada em dados e informações do Octi. "A nova estratégia, assim como a anterior, foi participativa e articulada com a política pública. Acreditamos na política de CT&I para melhorar a vida das pessoas”, afirmou. 
 
Octi
 
O Octi tem como objetivo monitorar o estado da arte, as tendências e os sinais emergentes relacionados ao ambiente de CT&I no contexto brasileiro e mundial, identificando desafios e oportunidades para subsidiar tomadas de decisão governamentais na formulação e avaliação de políticas e programas nessas áreas. O observatório desenvolve um trabalho minucioso e com técnicas de pesquisa sofisticadas e atuais, buscando saber como está a ciência brasileira e para onde vai.
 
O diretor do CGEE, Ary Mergulhão, destacou a atuação do Octi no apoio à CT&I. “Hoje, inaugurando uma nova linha de trabalho do observatório, estamos olhando para os estados, começando com Pernambuco”, afirmou. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da unidade da Federação, Fernando Jucá, desejou sucesso ao projeto. “É um momento muito importante. Estou feliz pelo CGEE ter escolhido Pernambuco”, disse. 
 
A líder do Octi, Adriana Badaró, ressaltou que esse recorte era um sonho antigo do projeto,  que só foi possível com a parceria com a Secretaria de Pernambuco. "A ideia era, além  desse olhar regional e estadual, que pudéssemos convergir nossos dois eixos de atuação”, afirmou. 
 
A gravação do webinar está disponível no canal do YouTube do CGEE. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, envie um e-mail para octi@cgee.org.br. Acesse a publicação por este link.