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MEC lança iniciativa para expandir a educação a distância em universidades federais

ReUni Digital

MEC lança iniciativa para expandir a educação a distância em universidades federais

Foi realizada, ontem (20), a solenidade de lançamento do Programa de Expansão da Educação a Distância nas Universidades Federais (ReUni Digital). A transmissão foi feita pelo canal do Ministério da Educação (MEC). A iniciativa tem como objetivo aumentar as oportunidades e condições de acesso ao ensino superior público, por meio da educação a distância, incentivando a permanência e fomentando a gestão e manutenção da qualidade na oferta de cursos superiores.

 

O programa é oriundo de um trabalho feito pelo MEC desde 2020 junto a entes representativos. A iniciativa conta com a parceria do CGEE, do Conselho Nacional de Educação (CNE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível (Capes), da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), da Associação Universidades em Rede (Unirede) e de representantes de universidades federais das cinco regiões do país.

 

Há 10 universidades que estão cooperando com o projeto piloto. São elas: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal do Cariri (UFCA), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Na solenidade de lançamento do programa, as instituições de ensino foram representadas pelo reitor da Ufam, Sylvio Puga.

 

O ministro da Educação, Victor Godoy, agradeceu especialmente às universidades e também às entidades parceiras. “É uma satisfação enorme participar do lançamento desse projeto. Sabemos o que aconteceu no mundo durante a pandemia. Os países foram obrigados a se adaptarem em uma velocidade muito rápida ao uso de tecnologia da informação para que as atividades educacionais não fossem interrompidas. (…) Vimos isso ser feito de maneira adiantada na iniciativa privada e vimos o espaço e a oportunidade para que a expansão da educação a distância seja feita nas universidades federais. Teremos mais oportunidades, mais pessoas acessando o ensino superior, mas temos também mais responsabilidade em garantir a essas pessoas cursos de qualidade”, afirmou.

 

Serão aportados R$25 milhões nesse projeto piloto, com a criação inicial de 14 cursos nas mais diversas áreas do conhecimento, com a perspectiva de 5 mil vagas por ano. “Temos sempre de pensar grande, começar pequeno e andar rápido. É o que vamos fazer com esse projeto. Fizemos um piloto, pretendemos ajustar e avançar”, disse.

 

Na ocasião, o secretário executivo do MEC, José Barreto Junior, destacou que a EaD quebra paradigmas. “A educação a distância vem ajudar a população que precisa, não só a população do núcleo rural, mas também a população em situações longínquas do Brasil, e ainda outros que precisam trabalhar e buscam uma formação de nível superior. É uma alegria estar nesse momento em mais uma entrega do MEC. É mais uma iniciativa da Secretaria de Educação Superior (Sesu) que vem ao encontro desses objetivos, desde a apresentação da carta do ministro Victor, que tem como um de seus pilares o uso da tecnologia para impulsionar a educação brasileira”, afirmou.

 

A líder do projeto pelo CGEE, Sofia Daher, citou a missão institucional do Centro e reafirmou a longa parceria com o ministério. Ela lembrou que a realização de estudos e a geração de informações qualificadas para a elaboração de políticas públicas e programas está na origem da criação e na missão institucional do Centro. "A parceria duradoura com o MEC neste e em outros projetos tem sido muito produtiva. A motivação da criação desse programa já foi claramente apresentada e nasce da reconhecida necessidade de expansão do acesso à educação superior. Todos os dados mostram a oportunidade de se usar a educação a distância como potencializador dessa expansão”, ressaltou.

 

A representante falou ainda sobre o trabalho na produção dos cinco estudos que dão base ao ReUni Digital. De acordo com ela, há uma série de desafios apontados nos documentos e no plano, desde o avanço da institucionalização da EaD nas universidades federais, a expectativa de planos pedagógicos flexíveis conectados às realidades e necessidades locais; a criação de mecanismos de mediação pedagógica adequados; e a questão da conectividade, da acessibilidade ao financiamento. "São pontos tratados com profundidade e que desejamos ver concretizados no ReUni Digital. Parabenizo ao MEC pela iniciativa e desejo sucesso ao programa”, disse.

 

O secretário de Educação Superior, Wagner Vilas Boas, afirmou que o ReUni Digital foi orientado em estágio anterior ao da deflagração da pandemia, quando a secretaria já entendia que esta seria uma estratégia promissora ao contexto educacional do país. Na sua opinião, há hoje uma maior percepção sobre o potencial do programa, uma vez que a iniciativa amplia as oportunidades de acesso à educação superior da população mais vulnerável, busca consolidar e ampliar programas e ações de incentivo à EaD e reconhece sua institucionalização no setor público. "Nós entendemos que a educação a distância apresenta papel estratégico e promissor na elevação da oferta de ensino público, uma vez que as metodologias também podem resultar em perspectivas promissoras no contexto do aprendizado. Acreditamos que o ReUni Digital vai ampliar a fronteira do conhecimento”, falou.

 

Na ocasião, o ministro da Educação assinou a portaria de liberação de códigos de vagas para docentes atuarem nos cursos. Serão 152 novos professores, que serão distribuídos entre as instituições participantes. 

 

Para conhecer o ReUni Digital acesse www.gov.br/mec/pt-br/reunidigital.

 

(Com informações da UFMS)