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Projeto Energy Big Push debate impactos da pandemia nos investimentos em inovação na área de energia

Energy Big Push

Projeto Energy Big Push debate impactos da pandemia nos investimentos em inovação na área de energia

Os impactos gerados pela atual pandemia nos investimentos realizados em ações de inovação em energia foram o tema de uma reunião realizada ontem (21), pelo projeto “Energy Big Push” (EBP). A iniciativa é conduzida pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Durante o encontro virtual, representantes de instituições do setor de energia e de inovação debateram o impacto do Covid-19 e como as organizações brasileiras estão lidando com a crise.

O EBP tem como objetivo apoiar a promoção de mais e melhores investimentos públicos e privados em energias sustentáveis, com ênfase em inovação, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país. A assessora técnica do CGEE, Bárbara Bressan, destaca a importância de reunir as instituições mais relevantes do setor de energia e inovação, em um debate aberto, permitindo uma melhor percepção de como esses atores estão lidando com a crise. “O diálogo é uma ferramenta fundamental de troca para que possamos refletir todos juntos sobre os impactos da pandemia na sociedade e nos setores da economia, trazendo oportunidades de colaboração e construção participativa de possíveis soluções no pós-crise”, afirma.

A reunião contou com uma apresentação do analista de Energia e Inovação da Agência Internacional de Energia (IEA), Jean Baptiste, sobre os trabalhos que estão sendo realizados pela instituição no que diz respeito à construção de indicadores para avaliar os sistemas de inovação em energia. Ele falou ainda sobre os possíveis impactos da pandemia nos programas e projetos que eles acompanham no cenário global.

Na ocasião, foi realizado um amplo debate sobre como as instituições brasileiras estão lidando com a crise provocada pela pandemia. O representante da Agência Nacional de Petróleo (ANP), José Carlos Tigre, ressaltou que com a queda vertiginosa nos preços do barril de petróleo, o faturamento das empresas diminuirá, repercutindo em todos os aportes realizados em inovação. “Estamos conversando com as empresas do setor no Brasil e todas estão revendo a carteira de investimentos. Alguns projetos serão descontinuados, mas há uma indicação forte de que os que são relacionados a novas fontes de energias limpas e renováveis, por serem portadores de futuro, serão mantidos.”, afirmou.

Já o gerente Setorial de Energia Elétrica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Arantes, explicou que os projetos aprovados e em andamento pela instituição não terão problemas em relação ao recebimento de recursos. No entanto, as novas propostas poderão ser postergadas. “O próprio cliente pode segurar um pouco [o projeto], em função da crise”, analisou.

A reunião contou ainda com a participação de representantes de instituições como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Ministério de Minas e Energia (MME), a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação (Embrapii), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).