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Webinar debate o tema bioeconomia no Brasil

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Webinar debate o tema bioeconomia no Brasil

Um grupo composto por diversos atores da academia, do setor privado e do governo participou, hoje (6), do webinar "Espaço conceitual da bioeconomia no Brasil". O evento foi realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), em conjunto com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). O debate integra uma série de webinars que serão realizados sobre o tema. 

 

Os encontros fazem parte do projeto "Oportunidades e desafios da bioeconomia no Brasil". A iniciativa visa subisidar estratégias de implementação de políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação para promover o desenvolvimento da bioeconomia no país. O projeto prevê a construção de um observatório e de modelos de governança na área. A proposta é desenvolvida pelo MCTI, em parceria com o Centro. 

 

A programação foi aberta pelo assessor técnico do CGEE, Marcelo Poppe. Ele destacou que a bioeconomia tem recebido atualmente mais destaque na agenda sociopolítica mundial. "Temos que pensar em uma transição para um estilo de desenvolvimento que seja mais compatível com as disponibilidades de recursos do planeta e as necessidades da sociedade", afirmou. 

 

Na ocasião, a consultora do CGEE, Daniela Fartes, lembrou que a bioeconomia compreende toda atividade econômica derivada de bioprocessos e bioprodutos que contribuem para soluções eficientes no uso de recursos biológicos, frente aos desafios em temas como alimentação, produção de energia e serviços ambientais. 

A ideia é promover um novo modelo de desenvolvimento sustentável e de bem-estar da sociedade. Nesse contexto, Fartes destacou as dificuldades inerentes à definição de um conceito sobre o tema. "Temos uma primeira complexidade que é o fato da bioeconomia não ser resumida a um setor", disse. 

 

O coordenador de bioeconomia do MCTI, Bruno Nunes, ressaltou como o tema tem sido abordado pelo ministério desde que ganhou uma instância própria na pasta. Ele lembrou do Plano de Ação em ciência, tecnologia e inovação em bioeconomia, construído por esse grupo. O coordenador destacou que outras nações têm debatido constantemente o assunto, mas no Brasil a discussão é diferente. "Eles não têm as mesmas características, de possuir uma sociobiodiversidade rica. Temos uma variedade de potenciais que não se refletem em outros países", afirmou.