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CGEE lança publicação sobre bioenergia e redução de emissões na COP 23

Jornal da Ciência

CGEE lança publicação sobre bioenergia e redução de emissões na COP 23

14/11/17

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) lança hoje a publicação “Second generation sugarcane bioenergy & biochemicals”. O documento será apresentado no Espaço Brasil, durante a 23ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 23), que acontece em Bonn, na Alemanha. Essa publicação dá continuidade a um relatório produzido em 2015 e que foi retomado, trazendo agora a consolidação dos resultados e a recomendação de políticas públicas.

A iniciativa destaca a viabilidade da produção, no Brasil, de bioenergia e bioquímicos (produtos que podem substituir os químicos feitos a partir de petróleo, como acetona e plástico) para que o País possa fazer a transição de uma economia baseada em recursos fósseis para uma bioeconomia moderna. O estudo está alinhado ao cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

De acordo com a publicação, a introdução de novas tecnologias avançadas de baixo carbono, com a adição de açúcares convertidos a partir de materiais celulósicos e o desenvolvimento de variedades de cana de alta biomassa (cana-energia) abrem um novo caminho agroindustrial. Com o advento da chamada cana-energia, a perspectiva de melhorar o rendimento potencial de produção de bioetanol para quase 25 mil litros por hectare é real. Hoje, ele é de sete mil l/ha.

“Considerando um consumo global projetado de gasolina de 1,7 trilhão de litros em 2025, o bioetanol à base de cana-energia poderia substituir 10% da gasolina total consumida no mundo usando menos de 10 milhões de hectares de terra”, afirma o líder do estudo, Marcelo Poppe.

Ele aponta ainda que o mundo experimentaria rapidamente uma redução expressiva de emissões de CO2 no setor de transporte, responsável por 25% das emissões totais de gás-carbônico.

O estudo destaca que o tripé bioetanol de segunda geração, cana de alta biomassa e química renovável (verde) estão sendo implementados no Brasil com base em uma forte parceria público-privada. Na publicação, o CGEE explora, analisa e prospecta os impactos relacionados ao desempenho e aos custos da tecnologia agroindustrial, aos ganhos de uso da terra e à redução dos gases de efeito estufa desses empreendimentos.

“A situação brasileira é a referência básica para avaliar os cenários tecnológicos, que depois se estende ao contexto global. O Brasil tem uma posição privilegiada para promover essas tecnologias, de interesse mundial. A disponibilidade de combustível líquido de baixo carbono abundante e acessível é essencial para proporcionar os insumos necessários à indústria do futuro”, ressalta Poppe.

Serviço:

Lançamento da publicação “Second-generation sugarcane bioenergy & biochemicals – Advanced low-carbon fuels for transport and industry”

Data: 14 de novembro

Horário: 12h30

Local: COP 23, no Espaço Brasil – World Conference Center Bonn

Assessora de Comunicação – CGEE


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