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Ciência, tecnologia e mais 25 anos - Editorial

Correio do Povo - RS

Ciência, tecnologia e mais 25 anos - Editorial

27/02/2010

Em uma previsão de eventos até o ano de 2035, especialistas do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) projetam que haverá alimento suficiente para suprir a demanda do planeta, que aumentará 50% até 2030, conforme o Banco Mundial. Porém, a distribuição ainda não será igualitária - milhões de pessoas no mundo permanecerão famintas na África e no Sul da Ásia. Por outro lado, a escassez de água, as secas e as inundações tornarão inférteis áreas hoje produtivas.

Os especialistas do CGEE (vinculado ao Ministério da Ciência e da Tecnologia) desenvolveram uma linha de tempo que traça o futuro dos alimentos; ciência, tecnologia e inovação; demografia e questões sociais; infraestrutura, organização produtiva e logística; energia; educação; meio ambiente; economia e geopolítica e saúde.

O estudo, que considerou os imperativos globais - aqueles sobre os quais se tem pouco ou nenhum controle ou gerência -, poderá servir como balizador na gestão estratégica de instituições, na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). A linha de tempo mostra que haverá, até 2035, grande evolução nas taxas de inovação em ciência e tecnologias, aumentando sua influência no reordenamento global. Em 2013, o controle de voz substituirá teclado e mouse em 30% das tarefas rotineiras. Em 2018, robôs poderão ser cozinheiros nas residências. Em 2022, o Brasil se firmará como importante ator internacional no desenvolvimento e comercialização de tecnologias sensíveis.

O tempo entre as descobertas e suas aplicações será cada vez mais reduzido, provocando profundos impactos em saúde, segurança, negócios e comércio, revela a pesquisa. O poder político mundial será mais disperso. Potências emergentes ascenderão para uma economia globalizada e haverá uma transferência histórica de riqueza relativa e de poder econômico do Ocidente para o Oriente. A educação migrará para uma cultura de criação, com novos métodos de ensino e redução das disparidades no acesso à tecnologia. Os processos na sala de aula serão outros.

Em 2030, a Terra terá mais de 8 bilhões de habitantes - 2 bilhões a mais do que hoje - e a maioria viverá em cidades. Tudo indica que, dependendo da tecnologia, o mundo poderá ser mais igualitário. Mas o que decidirá, mesmo, essa igualdade, serão as políticas praticadas.

Fonte: Correio do Povo impresso - dia 27/02/2010


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