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Em duas décadas, número de doutores titulados por ano cresce 1.000%

Jornal da Ciência

Em duas décadas, número de doutores titulados por ano cresce 1.000%

12/08/2010

Evento apresentou, nesta quarta-feira, dia 11 de agosto, informações da publicação "Doutores 2010: estudos sobre a demografia da base técnico-científica brasileira", do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)

O número de doutores titulados ao ano no Brasil subiu de mil, em 1987, para quase 11 mil, em 2008. Os dados foram ressaltados em seminário nesta quarta-feira, dia 11, no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em Brasília.

Um dos autores do estudo do CGEE, o consultor legislativo do Senado Federal licenciado Eduardo Baumgratz Viotti, professor adjunto da School of International and Public Affairs, da Universidade de Columbia (Estados Unidos), mostrou as características demográficas dos doutores no país.

Em 2008, o número de doutores correspondia a apenas 0,07% da população. De acordo com Viotti, apesar de constituírem uma pequena parcela da população, os doutores têm importância estratégica. "Eles compõem a parcela dos recursos humanos treinada para gerar novos conhecimentos e tecnologias", disse.

O estudo mostra que o número de doutores cresceu 278% entre 1996 e 2008, o que corresponde a uma taxa média de 11,9% de crescimento ao ano. Cerca de 87 mil pessoas obtiveram títulos de doutorado no país nesse período. Por área de conhecimento, a multidisciplinar, línguas, letras e artes foram as que tiveram maior incidência. A área de ciências exatas e da terra foi a que apresentou menor taxa de crescimento.

O levantamento revela ainda que a quantidade de doutores titulados em instituições públicas estaduais cresceu 170% entre 1996 e 2008, enquanto que os de instituições particulares, 396%. E os das públicas federais 416%.

Outra observação de Viotti foi sobre a distribuição dos doutores por sexo. A partir de 2004, as mulheres deixaram de ser a minoria, quando 4.085 delas concluíram o doutorado contra 3.991 homens. Segundo ele, o Brasil é pioneiro da igualdade de gênero no nível mais elevado da formação educacional. Em 2008, 51,2% dos doutores titulados eram mulheres, enquanto 48,2% eram homens (sobre 0,6% dos titulados, não havia informação).

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, destacou a necessidade de desconcentrar a formação de mestres e doutores, aumentando o número de cursos de pós-graduação em regiões menos desenvolvidas. O ministro disse que é necessário criar mecanismos para estimular a formação de mestres e doutores nas áreas de engenharia nuclear e espacial, ciências do mar e Amazônia. "O Brasil está formando um percentual relativamente pequeno, em vista das nossas necessidades nessas áreas", frisou Rezende.

A publicação do CGEE, lançada em maio, durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), aprofunda e divulga conhecimentos sobre a formação e emprego dos doutores no Brasil. Dividido em cinco capítulos, o livro é resultado da ação do CGEE, em parceria com o MCT, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social.

(Assessoria de Comunicação do MCT)


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