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Estudo aponta sucesso do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

Agência ABIPTI

Estudo aponta sucesso do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

02/05/17

O estudo " A formação de novos quadros para CT&I: avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)", realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), mostrou que o programa que aprimora a formação dos estudantes de graduação, melhora a sua inserção profissional e acelera o seu caminho para o mestrado e doutorado.

O levantamento demonstra que os alunos de graduação contemplados pelo programa, ao terem contato com a iniciação científica, sob a orientação de um pesquisador qualificado, ganham não apenas enriquecimento na experiência acadêmica, mas também uma melhor inserção profissional em qualquer área do conhecimento.

Os resultados mostraram ainda redução no tempo de titulação do mestrado. O número de estudantes cujo intervalo entre a última bolsa PIBIC e a conclusão do mestrado foi menor que três anos, o que melhorou sistematicamente em relação ao grupo que demorou de quatro a cinco anos.

De acordo com a avaliação, o tempo de programa usufruído pelo estudante tem forte influência sobre a conclusão do mestrado. A concessão de bolsas por curtos períodos não indica o mesmo efeito positivo de estímulo à continuidade dos estudos na pós-graduação, nem amplia a intenção de seguir na carreira científica.

Os resultados apontam que o PIBIC também contribui fornecendo mão de obra qualificada para o setor industrial, um dos desafios postos para o país. O estudo indica que a proporção de mestres e doutores egressos do PIBIC que se encontravam trabalhando, em 2014, na indústria de transformação foi de, respectivamente, 6,1% e 2,1%. Apesar de pequena, essa proporção é maior que a de mestres e doutores em geral, que é, respectivamente, 4,9% e 1,4%.

Estudo de caso

A avaliação traz, ainda, um estudo de caso sobre o impacto da iniciativa, realizado com os bolsistas egressos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O objetivo foi mensurar os efeitos do programa na formação pós-graduada e a inserção no mercado de trabalho.

Entre os destaques, o estudo demonstra que os egressos do PIBIC tinham uma chance 2,2 vezes maior de completar o mestrado e 1,5 maior de concluir o doutorado, quando comparados aos alunos que não participaram do programa.

Além disso, a participação no PIBIC reduz o tempo entre a conclusão da graduação e o ingresso no mestrado. No caso dos egressos da Unesp, a maior parte (65%) ingressou no mestrado em até um ano após a graduação. A diferença das probabilidades de ingresso no mestrado em até um ano, entre os participantes e os não participantes do programa foi significativa, de 9,4 pontos percentuais.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), nos anos 1980, estabeleceu, por meio do PIBIC, um canal inovador de interação com as instituições de ensino superior (IES) e de pesquisa (IPs). A partir de então, as bolsas de iniciação científica passaram a ser concedidas, principalmente, de forma descentralizada, por meio das instituições, ampliando o seu alcance. Atualmente, o programa conta com 21.661 bolsas vigentes.

Para mais informações, acesse o estudo aqui.


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