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Estudo traz informações sobre as Redes Elétricas Inteligentes (REI) no Brasil

Agência CT&I

Estudo traz informações sobre as Redes Elétricas Inteligentes (REI) no Brasil

06/05/2013

O estudo Redes Elétricas Inteligentes (REI): um contexto nacional, publicado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), aponta que hoje, no Brasil, a demanda de energia cresce a uma media aproximada de 4% ao ano. A publicação objetiva debater as diversas visões sobre o tema e identificar as linhas principais que poderiam ser foco de ações de ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

De acordo com a coordenadora da publicação, Ceres Cavalcanti, o País precisa promover uma melhora na qualidade do serviço de energia, dar suporte a inserção de fontes renováveis para produção de eletricidade, reduzir as perdas técnicas e comerciais e, principalmente, permitir uma maior interação com os consumidores.studo aponta que as redes elétricas poderão ser alternativa para melhorar oferta de energia aos consumidores e evitar perdas nas redes de transmissão.

Com a introdução da REI - rede elétrica que utiliza tecnologia digital avançada para monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade em tempo real-, o consumidor terá a oportunidade de reduzir custos e promover a eficiência energética, além de ter acesso as novas fontes de energia, oriundas de geração própria ou de novos micro geradores que se inserem na rede, e melhores serviços das empresas de energia.

Mas Ceres Cavalcanti explica que “para isso, o consumidor será incentivado a mudar de hábitos e reduzir o consumo de energia no horário de pico, além de ser motivado a escolher equipamentos com melhores níveis de eficiência energética. Assim, o consumidor assume o papel de gestor de seu consumo de energia elétrica”.

Para a assessora técnica do CGEE, a implantação da REI como principal instrumento de modernização do setor de energia elétrica tem sido uma temática debatida mundialmente. “No caso do Brasil, por termos um sistema de transmissão extenso, temos grandes perdas técnicas, na parte de transmissão e distribuição, e não técnicas, os famosos ‘gatos’. A rede facilita o monitoramento dessas perdas e, dessa forma, ajuda a produzir uma energia de melhor qualidade”, comenta.

Conta de luz

Com a implantação da REI, os consumidores terão um nível de informação muito maior sobre o consumo deles, o que pode possibilitar uma redução na conta de energia elétrica. “Isso vai depender do comportamento de cada consumidor. O medidor de energia irá indicar os horários de picos, quando a tarifa está alta ou baixa. Cada um decidirá como, quanto e quando utilizar, por exemplo, um ferro de passar”, diz Ceres. “A eficiência energética depende do tomador de decisão, que é o consumidor. Você dá sinais e instrumentos para tentar modelar o comportamento.”

Projetos

Os recentes avanços tecnológicos nos setores de energia elétrica, telecomunicações e computação têm impulsionado o desenvolvimento do conceito sobre REI. No Brasil, há projeções, de médio e longo prazos, de que as Redes Elétricas Inteligentes serão realidade com a participação do consumidor no gerenciamento da produção de energia elétrica. Embora o desenvolvimento das ações nacionais sobre as REI ainda seja recente, são observados 178 projetos de desenvolvimento catalogados. Os custos declarados nas propostas para investimentos superam a marca de R$ 400 milhões.

“O Brasil já tem vários projetos pilotos em andamento. Precisam de tempo e maturação para apresentar resultados palpáveis. Já geram informações e a cadeia produtiva começa aparecer. A idéia desses pilotos é identificar os reais gargalos, dificuldades, riscos”, conta a coordenadora. Os projetos se encontram nas cidades de Sete Lagos (MG), Búzios (RJ), Parintins (AM), Fernando de Noronha (PE), Aparecida do Norte (SP).


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