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Instituições paraenses definem ações em CT&I para a Amazônia

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Instituições paraenses definem ações em CT&I para a Amazônia

18/03/2013

Discutir e obter ideias e propostas para auxiliar a elaboração do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação na Amazônia (PCTI/Amazônia). Esse é o principal objetivo da oficina de trabalho do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), realizada nesta quinta-feira (14), em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti/PA). O Pará é o quarto estado amazônico a receber a oficina, que já passou pelos estados de Mato Grosso, Maranhão e Amapá.

A dinâmica ocorreu no Centro de Tecnologia da Eletrobrás Eletronorte e contou com diversos representantes do governo, do setor empresarial e das instituições de ensino e pesquisa do Estado. Na abertura, o Secretário da Secti, Alberto Arruda, ressaltou o diferencial da elaboração do PCTI: “Muitas vezes criticamos que estratégias políticas são impostas na Amazônia, nunca vêm como demandas da própria região. Então, o PCTI representa uma chance muito interessante para nós, amazônidas, sermos os protagonistas na construção de um Plano em CT&I para a região”.

Desafios - Dividida em dois períodos, o assessor do CGEE, Henrique Villa Ferreira, iniciou a oficina, pela manhã, fazendo o resgate histórico da idealização do PCTI, além de mostrar os princípios e métodos para a sua elaboração. Ele ressaltou que a iniciativa partiu dos secretários de CT&I e dos presidentes das fundações de amparo à pesquisa da Amazônia, que encaminharam a demanda ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no intuito de incluir o Plano na agenda de ações em CT&I para a Amazônia. Esse processo culminou na contratação do CGEE - organização social supervisionada pelo MCTI, para a coordenação técnica da elaboração do Plano ao final do ano passado.

Na oportunidade, diversas sugestões, críticas e desafios foram pontuados pelos agentes atuantes em CT&I no Pará, por meio de um debate aberto. O gerente do Centro de Tecnologia da Eletrobras Eletronorte, Francisco França, ressaltou que o Plano precisa estar vinculado ao mercado e com outros agentes de desenvolvimento. “Na Coréia, por exemplo, quem avança em CT&I são empresas como a Samsung e Hyundai, por isso a necessidade de incluir mercado no Plano, dialogando com a biodiversidade de forma sustentável”, opinou Francisco França.


Já o secretário Especial de Promoção Social, Alex Fiúza de Melo, teme que o PCTI reflita generalizações já recorrentes em outros planos existentes. “Espero que o Plano não se transforme em uma carta de recomendações, com generalizações óbvias. Para isso não acontecer, precisamos ser ousados”, ressaltou o secretário.

Propostas do Pará - No segundo período da oficina, pela tarde, três grupos de trabalho foram formados a partir dos seguintes eixos de discussão: Infraestrutura física e institucional (Grupo 1), Formação, atração e fixação de recursos humanos (Grupo 2) e Consolidação e expansão de polos de inovação regional (Grupo 3).

Neles, os participantes puderam contribuir com conjunto de sugestões individuais para a elaboração do Plano. Em seguida, essas contribuições individuais somaram-se por meio de um refinamento de sugestões similares a partir de uma discussão coletiva. Por fim, cada grupo chegou a uma hierarquização consensual acerca das cinco ideias e propostas prioritárias nos eixos de discussão. No Grupo 1, por exemplo, a sugestão principal foi a de sistematizar uma rede de fibra ótica de grande capacidade nas capitais e no interior, para interconexão e acesso a internet montada a partir de equipamentos adequados para as condições climáticas da região.

Já nos Grupos 2 e 3, as propostas principais foram, respectivamente, a de ampliar programas de qualificação regional com foco em potencialidades e necessidades regionais, incluindo a formação de técnicos para a extensão, e a de criar novas políticas de incentivos fiscais, fundos de fomento, valoração dos ativos ambientais, contabilidade verde e serviços ambientais para empreendimentos de base tecnológica que invistam em inovação. Confira aqui todas as propostas do Pará para o PCTI/Amazônia.

O encontro terminou com uma plenária final, em que as propostas dos três grupos foram socializadas entre os participantes. Na ocasião, o diretor associado do CGEE, Antônio Galvão, refletiu sobre o objetivo principal do Plano, com a coleta das propostas dos estados visitados: “Não queremos fazer uma justaposição das proposições dos estados, e sim construir um consenso político para o avanço da Amazônia como um todo, por meio de um elenco de ações prioritárias para a região”.

Próximas etapas - As oficinas do CGEE continuarão nos estados da Amazônia, encerrando-se em abril, em Tocantins. Após a elaboração da versão preliminar do PCTI, na primeira quinzena de agosto, uma segunda rodada de consultas entre os estados da Amazônia será realizada para elaboração final do Plano, prevista para segunda quinzena de outubro deste ano. Espera-se a realização de um grande evento internacional para apresentação e divulgação do PCTI/Amazônia.

Texto: Igor de Souza - Ascom Secti


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