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Institutos de pesquisa se mobilizam para a 4ª Conferência de C&T

Jornal da Ciência

Institutos de pesquisa se mobilizam para a 4ª Conferência de C&T

07/05/2010

Representantes das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) participaram de reunião preparatória para a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI) nesta quinta-feira, dia 6

O encontro foi no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), em Brasília, e teve a participação do ministro Sergio Rezende.

Na abertura, o ministro ressaltou a importância da discussão com os institutos e centros de pesquisa de todo o país, diante do papel dessas instituições na mobilização e no desenvolvimento sustentável do Brasil, tema da conferência que se realiza entre os próximos dias 26 e 28, em Brasília.

De acordo com Rezende, a intenção é que as unidades de pesquisa possam atuar no cenário nacional de forma mais abrangente e articulada, inclusive, com a criação de redes em áreas prioritárias. Por isso, a necessidade de propostas concretas dessas instituições, já que a conferência pretende deixar como um de seus resultados um plano de ação para ciência e tecnologia para a próxima década.

"Além de refletir sobre os últimos 20 anos, temos que ser realistas, fazer projeções, ser mais ambiciosos e pensar em ciência de melhor qualidade. Utilizar a capacidade instalada de forma articulada e sem disputas. Temos que trabalhar juntos", recomendou.

O diretor do Ibict, Emir José Suaiden, ressaltou a estreita relação que o instituto tem com as unidades de pesquisa na gestão atual, por intermédio de ações como a criação de periódicos eletrônicos, videotecas digitais e do lançamento recente da Política de Aquisição de Periódicos Estrangeiros para todas as unidades. "Podemos dar uma grande contribuição para a conferência", afirmou.

O secretário das Unidades de Pesquisa do MCT, José Edil Benedito, destacou como relevante o apoio do ministério para discutir os temas da conferência. Ele agradeceu o empenho dos técnicos e dos diretores das unidades de pesquisa na elaboração de documentos para subsidiar o debate. "Serviu para consolidar um conjunto de posições e de recomendações relacionadas com os institutos", frisou.

Rezende informou que a mobilização é grande pelo País todo, como verificado nos cinco encontros regionais e nas reuniões estaduais. A expectativa do ministério é de que a conferência envolva em torno de 3 mil pessoas diretamente.

De acordo com a presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Lúcia Melo, responsável pela organização do evento, desde a abertura do processo de inscrição pela internet, 1.700 pessoas se cadastraram. "Há expectativa de participação de 200 palestrantes. O encontro está entusiasmando e as pessoas estão colaborando", disse.

Na reunião foi assinado ainda o termo de compromisso de gestão dos diretores das unidades de pesquisa, vinculadas ao MCT, para 2010. O documento traça metas a serem alcançadas pelas instituições.

Contribuição

O ministro Rezende fez um relato histórico das três edições anteriores e falou sobre as contribuições que deixaram para que se alcançasse o atual patamar da ciência brasileira. De acordo com ele, a primeira conferência, em 1985, mobilizou o setor por ter sido realizada num período de redemocratização do país, pouco depois da criação do MCT. "O tamanho da comunidade científica hoje é 20 vezes maior. Formávamos cinco mil mestres e doutores, hoje estamos formando 50 mil", informou.

Rezende também destacou a importância do segundo encontro, em 2001, realizado um ano depois da implantação dos Fundos Setoriais, o que abriu uma nova perspectiva para o País com a definição de fontes legais de receita para apoiar ciência e tecnologia em setores específicos. "A discussão possibilitou um diagnóstico do sistema e, como resultado, a elaboração do Livro Branco que, em linhas gerais, serviu de base para tudo o que foi feito nos anos seguintes", frisou.

O ministro relembrou problemas enfrentados na década de 1990, como a falta de recursos, quando também não houve conferência. Segundo ele, a terceira edição, ao final do primeiro mandato do governo Lula, gerou várias recomendações e, sem documento específico, representou um período de transição de uma época de pouco recursos e quase ausência de política, para um período de verbas crescentes e de política definida.

"Passamos dessa fase de transição, agora temos recursos substanciais e sem contingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O orçamento do ministério, de 2002 para 2010, multiplicou por quase cinco vezes e o do FNDCT, por nove. Temos que pensar novas formas de ampliar esses recursos", disse.

(Denise Coelho, da Assessoria de Comunicação do MCT)


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