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Mudanças climáticas desafiam agricultura

Associação Brasileira de Melhoramento de Plantas

Mudanças climáticas desafiam agricultura

16/04/2010

Diagnóstico é apresentado na UENF durante Workshop sobre Melhoramento de Plantas

Pesquisadores de todo o país discutem o futuro da agricultura em workshop na Uenf Aquecimento global e mudanças climáticas estão entre os principais desafios a serem enfrentados pelos pesquisadores dedicados ao melhoramento de plantas no Brasil. A conclusão é de uma pesquisa apresentada nesta terça, 13/04, na UENF, durante o Workshop sobre Melhoramento de Plantas no Brasil. O evento - que se estendeu até o início da noite - foi organizado conjuntamente pela UENF e Associação Brasileira de Melhoramento de Plantas (SBMP), com apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

A pesquisa, intitulada ‘Mapeamento de Competências em Melhoramento Genético Vegetal’, foi desenvolvida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Segundo o estudo, a maior parte das pesquisas realizadas no Brasil na área de Melhoramento Vegetal se concentra nas grandes culturas, tais como soja, milho, algodão, seguidas de frutíferas, olerícolas, oleaginosas e espécies florestais. O trabalho detectou ainda como problema a ocorrência de ‘estresse biótico e abiótico’.

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) é uma organização social que possui contrato de gestão com o Ministério da Ciência e da Tecnologia. A pesquisa é uma ação conjunta com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e tem por objetivo traçar estratégias mundiais na área de segurança alimentar. Os dados foram apresentados pelos pesquisadores Antônio Carlos Guedes, Kátia Marzall e Igor André Carneiro (CGEE).

- Estamos desenvolvendo um trabalho de interesse estratégico, tentando antever o futuro da segurança alimentar. Trabalho que, junto com a FAO, será expandido para a América Latina e o mundo inteiro - disse Guedes.

Segundo Igor, a consulta foi enviada a especialistas de diversos órgãos e empresas ligados à pesquisa, totalizando cerca de 780 entrevistados. Segundo a pesquisa, a maioria dos pesquisadores da área de Melhoramento Vegetal é formada por pesquisadores jovens, na faixa dos 20 a 40 anos. Embora 62% deles sejam do sexo masculino, existe uma tendência de crescimento do número de mulheres atuando na área.

Ainda segundo a pesquisa, grande parte dos pesquisadores encontra-se em universidades públicas (estaduais e federais), além da Embrapa, e só uma pequena parte em empresas privadas. Dentre os que fazem intercâmbio, a maioria está ligada a instituições localizadas na Argentina, nos Estados Unidos e na França.

Para pesquisador, ainda há muito o que ser feito

Tendo entre seus objetivos a definição de estratégias para o fortalecimento do melhoramento de diferentes culturas agrícolas em âmbito nacional, o ‘Workshop sobre Melhoramento de Plantas no Brasil’ foi aberto na manhã desta terça, 13/04, no Centro de Convenções da UENF. A cerimônia de abertura teve a presença do presidente da SBMP, professor Messias Gonzaga Pereira - que também é chefe do Laboratório de Melhoramento Genético Vegetal (LMGV) da UENF -, do pesquisador Antônio Carlos Guedes (representante do CGEE), da pesquisadora Daniela Aviani (representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), além do pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF, professor Silvério de Paiva Freitas (representando o reitor Almy Junior). Mais de 100 inscritos de todo o país participam do evento.

Segundo Daniela Aviani, do Ministério da Agricultura, a participação do Ministério em eventos deste tipo tem por finalidade a coleta de informações que possam originar novas tecnologias na área. Já o professor Messias lembra que, embora a produtividade agrícola tenha aumentado nos últimos anos, ainda há muito o que ser feito na área de melhoramento vegetal.

- O Brasil gasta cerca de dois milhões de dólares por ano com a importação de sementes de mamão. Isso é uma prova de que estamos aquém da demanda real - afirmou.

Os debates se concentram em duas vertentes: melhoramento e recursos humanos e melhoramento e recursos genéticos. Na palestra proferida por Rodrigo de Araújo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou-se a capacitação da área no Brasil e a relação da produção de artigos brasileiros no cruzamento das tecnologias de vanguarda e das tecnologias de futuro.

O professor da Universidade Federal de Larvas (Ufla) Magno Ramalho falou sobre as atividades de melhoramento e sobre a figura do melhorista. Magno foi homenageado com uma placa em reconhecimento ao trabalho que vem realizando na área de melhoramento. A placa foi entregue durante a solenidade de abertura pela professora Rosana Rodrigues, do LMGV/UENF.

Após o encerramento da parte aberta (para o público), os membros convidados irão se reunir em um espaço menor para as conclusões do evento e elaboração de um documento preliminar.

Fonte: ASCOM/UENF


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