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Nanotecnologia precisa chegar mais à indústria, aponta representante do MCTI

Jornal do Brasil

Nanotecnologia precisa chegar mais à indústria, aponta representante do MCTI

21/11/2012

O Brasil deu um grande salto na produção de nanociência e nanotecnologia de qualidade, nos últimos dez anos, mas isso não se traduziu em produção industrial de porte expressivo. A declaração foi feita, nesta quarta-feira (21), pelo coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (CGNT/MCTI), Flávio Pentz, durante sua apresentação sobre a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia, na abertura do 2º Workshop Nanotecnologias: da ciência ao mundo dos negócios, em Fortaleza.

Mesmo reconhecendo o descompasso entre a produção científica e a industrial, no campo nanotecnológico, Plentz confia que essa fase será superada. “Com certeza, o Brasil vai vencer essa etapa de industrializar a nanotecnologia com sucesso no porte e volume que a gente precisa”, afirmou.

Na oportunidade, o coordenador do MCTI destacou a importância de programas de inovação tecnológica do ministério, como o SisNANO, sistema formado por 50 laboratórios multiusuários direcionados à pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) em nanociências e nanotecnologias, para aplicação em áreas estratégicas: aeroespacial, agronegócio, defesa, energia, meio ambiente e saúde. No campo internacional, ele apontou a implantação do Centro Brasil-China de Nanotecnologia e iniciativas, como o 1º Workshop Brasil-Canadá em Nanotecnologia, que se realiza nos dias 5 e 6 de dezembro, em São Paulo.

“O principal objetivo do evento é mostrar aos empresários cases de sucesso de empresas que já utilizam instrumentos governamentais que permitem incorporar a nanotecnologia aos seus negócios. A possibilidade existe, é real e está ao alcance”, afirmou o coordenador..

Ao ressaltar que academia e governo têm de andar de “mãos dadas”, Flávio Plentz explicou que o Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN) é integrado por oito ministérios: MCTI - responsável pela coordenação de ações; Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Defesa (MD); Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Educação (MEC); Meio Ambiente (MMA); Minas e Energia (MME) e Saúde (MS), que atuam juntos na definição, implementação e financiamento de políticas públicas de pesquisa em nanotecnologia. Suas principais atribuições são: propor mecanismos de acompanhamento e avaliação de atividades na área; recomendar planos, programas, metas, ações e projetos integrados para consolidação e evolução das nanotecnologias no país, indicando potenciais fontes de financiamento e recursos necessários para apoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I).

O evento visa aproximar o meio empresarial da nanotecnologia, mostrando as possibilidades reais que a área oferece de ampliar mercados e impulsionar a competitividade das empresas. Outro objetivo é mostrar os instrumentos de incentivo e financiamento à inovação disponíveis para o setor privado e apresentar casos de sucesso de empresas que já investem em nanotecnologias utilizando esses mecanismos. É uma iniciativa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) - organização social supervisionada pelo MCTI; com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap).


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