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Presidente do CGEE destaca necessidade de construção de uma nova agenda para a CT&I

Gestão C&T online

Presidente do CGEE destaca necessidade de construção de uma nova agenda para a CT&I

28/05/2010

Foi realizada nesta sexta-feira (28), durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília (DF), a sessão “Nova Geração de Políticas de CT&I”. Na abertura do encontro, a presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Lucia Melo, frisou que o país vive um momento especial na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

De acordo com ela, há um consenso que a CT&I podem ser vetores de transformação econômica e social. “A busca da transformação do conhecimento nessa inovação é uma permanente agenda dos países que estão avançando”, disse. Melo destacou que há uma constelação nova de atores que se envolvem no processo de geração do conhecimento. Para a presidente do CGEE, a academia, a indústria, as ONGs, todas contribuem e se envolvem no processo de geração de conhecimento.

“Será necessário gerar conhecimento novo que incorpore várias formas de entender e prospectar em relação a essas tendências. Sistemas complexos surgem, são dinâmicos, novas organizações e instituições são demandadas e surgem, a cada momento, em diversos países“, completa.

Como desafios, Melo aponta a necessidade crescente de investimento que, segundo ela, demanda cada vez mais comprometimento de recursos do governo e do setor produtivo. Na sua visão, há no âmbito das políticas um conflito alocativo, além de incertezas e riscos associados a esse empreendimento.

“É preciso responder algumas questões: quanto investir; em que fatores precisa-se investir, além da pesquisa e desenvolvimento, como medi-los. Isso traz novos papéis para as agências de fomentos que passam a atuar como elementos formadores de redes, como investidores e não apenas alocadores de recursos”, destacou.

Para a presidente do CGEE, os desafios envolvem campos variados de estudos que precisam fundamentar essas políticas, sendo preciso rever, evoluir a atitude da comunidade de pesquisa e gestores para a interdisciplinaridade e construção de parcerias para que se possa operar de forma conjunta. “As políticas de CT&I devem ser baseadas em evidências e precisam de instrumentos e ferramentas de suporte para o processo decisório”, aponta.

Segundo ela, os pilares de um sistema moderno de CT&I, que alimentam o processo decisório e a escolha das políticas pelas diversas sociedades, podem ser baseados em três elementos: consenso nas escolhas estratégicas que precisam ser identificadas, construídas e selecionadas para as apostas; confiança no ambiente em que esse processo ocorre; e cooperação na execução entre atores, os campos público-público e público-privado.

“O Brasil tem uma oportunidade especial para tratar esse assunto, primeiro porque mudou o patamar de recursos para financiamento. Há diversidade de instrumentos disponíveis para que possamos promover o conhecimento, e há um conjunto de novas instituições, de novos atores cada vez mais presentes”, afirma.

(Isadora Lionço para o Gestão C&T online)


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