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4ª CNCTI

SEMINÁRIO PREPARATÓRIO EXTRAORDINÁRIO

4ª CNCTI

Um dos aspectos importantes em ciência, tecnologia e inovação é como repassá-los da academia para a sociedade. De acordo com o pesquisador estadunidense Bruce Lewenstein em palestra, é completamente possível aprender ciência em museus, centros de ciência, zoológicos, observatórios e, até mesmo, em passeios escolares. Essa conclusão surgiu do relatório composto pelo Committee on Learning Science in Informal Environments, dos Estados Unidos, do qual o jornalista faz parte junto com outros 14 especialistas de diversas áreas de conhecimento. O relatório, de título “Aprendendo Ciência em Ambientes Informais: pessoais, locais e objetivos", foi lançado pela National Science Foundation dos EUA (NSF), em 2009.

Os resultados desse relatório foram exibidos durante o Seminário Preparatório Extraordinário para a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (4ª CNCTI), realizado no dia 11 de maio no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro. O evento teve tradução simultânea e transmissão ao vivo. Ildeu de Castro Moreira, da Comissão Executiva da 4ª CNCTI, abriu a palestra com uma introdução do palestrante e a importância do tema para o Brasil.

Também professor de Divulgação Científica e Comunicação da Ciência na Universidade de Cornell, Lewenstein explicou o conceito de ambientes não-formais, sendo outros espaços de aprendizado em ciências, diferente de escolas, faculdades, universidades e laboratórios. Ele afirmou que o maior desafio compartido no relatório foi descobrir todos esses ambientes não-formais e entender como funciona a passagem de conhecimento neles. “Queríamos entender o que esses ambientes tinham que os habituais não tinham. Quais as características ímpares de cada um?”, comentou Lewenstein durante a palestra.

O pesquisador e jornalista de ciência também demonstrou as seis categorias a que o relatório chegou sobre o aprendizado em ciências. Classificados de 1 a 6, foram posicionados de modo a demonstrar a sua importância para o comitê: motivação, conteúdo, método, literatura com aprendizado, atividades científicas e a capacidade de se identificar com o conhecimento adquirido.

De acordo com Fátima Brito, presidente da Associação Brasileira de Centros e Museus de Ciência e presente no seminário, ambientes não-formais têm se desenvolvido e adquirindo maior espaço no Brasil nos últimos 20 anos. Isso tornou o entendimento de como esses espaços funcionam essencial para todo o Brasil. Para ela, “precisamos que essas instituições sejam distribuídas de maneira adequada pelo país. A ciência interfere no nosso cotidiano e precisamos entendê-la para poder opinar”.



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