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Abipti promove debate sobre a importância das universidades para o desenvolvimento regional

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Abipti promove debate sobre a importância das universidades para o desenvolvimento regional

Representantes do governo e do meio acadêmico participaram de um evento promovido pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), no dia 13 de junho, no Parque Tecnológico de Brasília (Biotic), para debater a importância das instituições de educação superior (IES) para o desenvolvimento regional.

Na abertura do evento, o presidente da Abipti, Luiz Fernando Vianna, destacou a importância dos Centros de Desenvolvimento Regional (CDR). “Ao debater sobre os CDR, nós estamos cumprindo com o nosso papel nos ecossistemas de inovação, que é tão importante para fazer o Brasil crescer”, destacou Vianna.

A criação dos CDR é um projeto desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), por demanda da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC). 

O primeiro palestrante foi o senador Izalci Lucas (PSDB/DF). O parlamentar defendeu a implantação do projeto no Distrito Federal e ressaltou a necessidade de se transformar o conhecimento teórico obtido nas universidades em inovação na prática, salientando o papel dos CDRs nesse sentido. “Temos muito conhecimento científico no Brasil, estamos em cima quando falamos de produção de artigos, mas ainda temos dificuldade de transformar isso em patentes, produtos etc. Os CDRs terão a missão de aproveitar todo esse conhecimento da rede que temos no Brasil e no mundo e transformar em ciência aplicada, gerando empregos, fixando jovens e pesquisadores em suas regiões e trazendo o desenvolvimento regional para diminuir as desigualdades”, afirmou o senador.

Em seguida o assessor da comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal, Paulo Barone, apresentou os primeiros indicadores dos projetos pilotos, utilizando como exemplo o Distrito Federal. “Em Brasília, nós já desenvolvemos a primeira sensibilização de uma rodada para eleger os alvos temáticos e, em breve, faremos a segunda rodada. Inclusive, já temos quase 40 projetos em fase de refinamento para a formulação da primeira carteira. Na próxima semana, faremos uma nova oficina, que irá reunir todos esses atores importantes, para fortalecer a escolha dos alvos, e aproximar de outras iniciativas. Trata-se de desenvolver projetos em torno dessa direção e obter resultados”, apontou Barone.

O projeto dos CDR estão em desenvolvimento em quatro regiões diferentes do Brasil. Além do Distrito Federal, o projeto está em andamento na região de Campina Grande (PB), da Campanha Gaúcha (RS) e do Sudoeste Paulista (SP). 

Para o diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Difes) do Ministério da Educação, Wagner Vilas Boas, os CDR têm três funções importantes que reforçam a atuação das universidades na sociedade do conhecimento. “Primeiro, os CDRs possibilitam mais envolvimento das universidades no desenvolvimento socioeconômico, ao lado de suas missões tradicionais. Segundo, eles propiciam a capacidade contínua das universidades de fornecer, aos alunos e aos professores, novas ideias, habilidades e talentos inovadores e empreendedores. E, por último, eles fazem com que as instituições de ensino deixem de ser uma fonte tradicional de recursos humanos e se tornem produtoras de tecnologia e inovação, além de atuarem como agentes de transferência, com capacidades organizacionais internas cada vez maiores para produzir e transferir tecnologias para o desenvolvimento regional”, apontou Vilas Boas.

O último palestrante foi o deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP), que abordou a necessidade de se investir em projetos regionais visando estimular a inovação no Brasil. “Em todos os países que as universidades foram transformadas em centros de inovação, os resultados foram positivos. Para promover a inovação, temos que conhecer as regiões e suas necessidades. É isso que estamos descobrindo com a implementação dos CDRs”, ressaltou Lippi.

O propósito dos centros é promover a articulação entre instituições do setor público, setor produtivo e meio acadêmico, a fim de fomentar o desenvolvimento do DF e cidades do entorno.

No próximo dia 25 de junho, o CDR-DF realiza a oficina de refinamento dos alvos temáticos com o objetivo de revisitar e aprofundar os alvos homologados na 1° oficina;  fortalecer a participação do Fórum equiparando os setores envolvidos e; apresentar a nova gestão do CDR DF.