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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) oficializou, nesta sexta-feira (29), mais um acordo pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF) - este entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto Internacional para Análise de Sistemas Aplicados (Iiasa, na sigla em inglês). A parceria permitirá treinar doutores e pós-doutores brasileiros na instituição, que é especializada em pesquisa científica voltada para grandes projetos globais.

O memorando de entendimento foi assinado pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, e pelo diretor de Gestão e Tecnologia da Informação do CNPq, Ernesto Costa de Paula, durante a visita do diretor do Iiasa, Pavel Kabat, ao Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília (DF).

Segundo Nobre, o acordo, que vem sendo alinhavado há quase um ano e acabou se concretizando com a aprovação pelo conselho da instituição da proposta brasileira de criação de um programa específico de pós-doutorado e doutorado sanduíche, visa também receber pesquisadores sêniores do Iiasa no Brasil.

Na avaliação do secretário, a parceria é importante para o país por se tratar de uma instituição forte e que faz pesquisa com uma visão sistêmica de problemas globais, com foco no desenvolvimento sustentável sob todos os pontos de vista - tanto nos campos da educação e da demografia como nos do uso sustentável dos recursos naturais e da segurança energética, hídrica e alimentar.

“Essa é uma agenda em que o Brasil também é um dos protagonistas mundiais e a colaboração com o Iiasa vai permitir que o país consiga treinar doutores e pós-doutores numa instituição de renome internacional de altíssima qualidade“, comentou o representante do MCTI. “Por outro lado, essa capacidade científica do instituto também estava olhando problemas de interesse do Brasil. Vai ser importante para as duas partes”, acrescentou.

Parceria

As negociações da parceria entre o Iiasa e o CNPq no CsF foram fechadas durante reunião no Fórum Mundial de Ciência - realizado entre domingo (24) e quarta (27) - com a participação do presidente do CNPq, Glaucius Oliva. Ele comemorou a finalização do acordo, que poderá chegar a atender de 30 a 40 pesquisadores nos próximos anos.

“Será uma oportunidade para estudantes e pesquisadores brasileiros que, embora estejam envolvidos em seus laboratórios de pesquisa e em departamentos e projetos no Brasil, poderão ir para uma instituição que atua em oito grandes áreas e possui três prêmios Nobel como membros de suas equipes de pesquisa”, reforçou Oliva, na ocasião.

No encontro no CGEE, Kabat apresentou a cientistas e a agentes públicos brasileiros a estrutura e os projetos desenvolvidos pela organização. Localizada em Laxenburg, perto de Viena, na Áustria, a instituição tem 21 membros associados, incluindo o Brasil, e conta, atualmente, com 300 pesquisadores oriundos de mais de 50 países.

Para o Iiasa, afirmou o diretor, a colaboração com o Brasil se reveste de grande importância diante dos estudos já realizados pelo país sobre o sistema global e pela sua posição entre as nações que vêm ganhando centralidade dos pontos de vista geopolítico e econômico, ao lado de China e Índia. “Entendemos que as futuras decisões para transição deste mundo vão passar também por esses grandes novos atores”, disse.

O diretor do CGEE, Marcio Miranda, reforçou a importância da atuação da organização em conjunto com o Iiasa. O Centro desempenha o papel de National Member Organization no que diz respeito à filiação do Brasil ao instituto. A parceria já resultou na realização de um workshop internacional sobre mudanças nos padrões de uso da terra. O encontro foi realizado durante a conferência Rio+20, em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI).

De acordo com Miranda, o Centro também intermediou a participação de três jovens cientistas no programa de treinamento de verão europeu de 2013 oferecido pelo instituto.

Fonte: Ascom MCTI



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