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Brasil precisa ocupar espaço na produção de semicondutores, diz Alckmin

Indústria

Brasil precisa ocupar espaço na produção de semicondutores, diz Alckmin

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira (18/07) que o Brasil precisa ocupar espaço na produção de semicondutores, matéria-prima para a fabricação de chips usados em aparelhos eletrônicos. O crescimento do país nessa área faz parte do esforço de crescimento do setor industrial empreendido pelo governo federal.

“Nas últimas décadas, o país sofreu uma grande desindustrialização, acentuada e precoce, e temos de ver as causas para segurá-la”, disse Alckmin na abertura da palestra “Tensão entre Estados Unidos e China e mudanças na cadeia global de valor de semicondutores”, feita pelo professor coreano Keun Lee, do Departamento de Economia da Universidade Nacional de Seul.

Na explanação, Alckmin lembrou que os semicondutores estão na vida cotidiana das pessoas, desde o joguinho das crianças até a indústria bélica. “O Brasil precisa ocupar seu espaço como quinto maior país do mundo em extensão territorial, sétimo país mais populoso do mundo, entre as dez maiores economias, ótimas universidades, centros de pesquisas, e indústria diversificada”, acrescentou o vice-presidente.

Realizada no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), a palestra foi organizada pelo MDIC, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da  e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Na mesa de abertura do evento também estavam a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o secretário-executivo do MCTI, Luís Manoel Rebelo Fernandes, e o diretor-presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Fernando Rizzo.

Alckmin também ressaltou a importância da aprovação pelo Congresso, em maio, da aplicação da TR (Taxa Referencial) em empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Industrial (BNDES) para empreendimentos de inovação e digitalização. Destacou, ainda, a expansão do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), formalizada pelo Decreto nº 11.456, de maio deste ano, que incluiu o segmento de fotovoltaicos, voltado para a produção de energia solar.

Na mesma linha do vice-presidente, o representante do MCTI disse que o mundo está passando por uma transformação “profunda e acelerada” que intensificam as tensões internacionais. “Agravadas pela pandemia, as tensões revelaram de maneira nua e crua que os países que não detiverem capacidade nacional de produção e desenvolvimento em áreas estratégicas estarão vulneráveis a interferências externas e incapazes de sustentar seu próprio desenvolvimento”, opinou Luís Fernandes.

A ministra Esther Dweck também lembrou que durante a pandemia houve falta de microchips no mundo, o que mostrou a importância estratégica do setor de semicondutores. Destacou também o novo momento vivido pelo país: “O Brasil volta a ser um ator mundial importante e pode ser também um ator tecnológico importante”.

Para o diretor do CGEE, a discussão sobre semicondutores vai instigar uma postura “mais reflexiva e estratégica” sobre a o papel que o Brasil deve ambicionar no futuro. “Talvez tenhamos de ensinar ao país sobre o que fazer ou mesmo não fazer nessa área”, disse Fernando Rizzo.

(Fonte: Ascom/MDIC)