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Centro lança volume sobre a questão territorial

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Centro lança volume sobre a questão territorial

Como a política de ciência, tecnologia e inovação pode ser concebida dialogando com a questão territorial e com os desafios inerentes ao desenvolvimento regional no Brasil? Para responder essa questão, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) desenvolveu o estudo “Dimensão territorial no planejamento de CT&I”. A iniciativa foi demandada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e contou com a participação de pesquisadores de diversas universidades.

O livro tem como objetivo construir um referencial analítico sobre o tema e organizar um conjunto de orientações e sugestões para essa política no Brasil. “Planejar as atividades de CT&I em um país em desenvolvimento e com um tamanho continental como o Brasil impõe a necessidade de um olhar específico sobre a dimensão territorial”, afirma o diretor do CGEE e supervisor do estudo, Antonio Carlos Filgueira Galvão.

De acordo com ele, hoje a política de Ciência, Tecnologia e Inovação está muito direcionada para dar respostas às grandes apostas nacionais do setor e pouco atenta ao conjunto de iniciativas menos valorizadas da CT&I existentes nos vários contextos territoriais nacionais.

“É como se houvesse um duplo desafio: de fazer com que o Brasil retome um engate mais robusto na economia global, mas, ao mesmo tempo, de reduzir desigualdades e integrar melhor inúmeras realidades com potenciais não aproveitados que poderiam abrir perspectivas promissoras para o desenvolvimento do país”, ressalta.

Nesse contexto, a publicação analisa a necessidade e as possibilidades de incorporar a dimensão territorial nas políticas de CT&I, com vistas a contribuir para mitigar as desigualdades econômicas e sociais que permeiam espacialmente o território nacional e renovar as condições de dinamismo da economia brasileira.

O livro também traz um conjunto de diretrizes, políticas e programas de ação. Essas propostas têm por referência um marco analítico, elaborado com o objetivo de compreender questões relevantes à inserção da dimensão territorial no planejamento de CT&I.

“As principais são aquelas relacionadas às interações ou conexões estruturais do Sistema de CT&I com os demais meios e escalas de planejamento territorial: Sistema de Logística; Sistema de Cidades; e o Padrão de Oferta de Bens e Serviços e Provisão de Infraestruturas de Utilidade Pública”, cita Galvão.

Esse referencial teve como base o estudo “Dimensão territorial para o planejamento”, elaborado pelo CGEE em 2008 para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A pesquisa reúne, entre outras conclusões, o pressuposto de que uma nova etapa de crescimento da economia brasileira demandaria maior cuidado com as questões territoriais.

O coordenador do estudo e professor da Universidade Federal do Paraná, Mariano Macedo, destaca o sucesso de iniciativas de CT&I que consideraram a dimensão territorial. “Quando olhamos a Embrapa, ao analisar a sua rede, enxergamos o Brasil. No entanto, o país ainda está muito condicionado a uma visão de curto prazo no encaminhamento das políticas públicas, não apenas em CT&I, mas nas várias áreas”, lembra.

Confira o estudo na integra aqui.



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