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CGEE apresenta proposta de criação do Instituto Tecnológico de Energias Renováveis
Energia Eólica
CGEE apresenta proposta de criação do Instituto Tecnológico de Energias Renováveis
Com a perspectiva de impulsionar a produção de energia limpa no Brasil, o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realizou, nesta terça-feira (23), uma reunião técnica para divulgar o "Programa demonstrativo para inovação em cadeia produtiva selecionada - Energia Eólica". O documento detalha a proposta de criação do Instituto Tecnológico de Energias Renováveis (Inter).
"As principais motivações para implementar esse centro de pesquisas são a melhoria do desempenho dos projetos eólicos implantados no país, o desenvolvimento tecnológico e o aumento do conhecimento da área no Brasil. Além disso, o instituto deverá contribuir para o crescimento do setor industrial eólico", afirmou a líder do estudo, Ceres Cavalcanti.
A energia eólica é a segunda fonte que mais cresce na matriz de expansão do setor elétrico nacional. Responsável por cerca de 25% do crescimento da energia elétrica do Brasil, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia - PDE 2022, esta indústria encontra-se em pleno vapor no Brasil. No cenário internacional, a fonte cresce a uma taxa superior a 10%, indicando um mercado global em expansão. Este contexto contribuiu para chegar na proposta do instituto.
A publicação apresenta as justificativas quanto à escolha do projeto e às propostas técnicas do instituto, com objetivos e planejamento. Os capítulos seguintes trazem as propostas jurídica e financeira, com análise de risco e fragilidades. O conteúdo é subsídio para a tomada de decisão do governo em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no setor elétrico no país.
O estudo foi realizado a partir de uma demanda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em resposta a um trabalho conjunto deste ministério, do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Antes dele, o CGEE já havia realizado outro estudo sobre o tema. Esta ação, junto a um estudo da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), serviram de subsídio para chegar à proposta do Inter.
O documento foi divulgado hoje a representantes de diversas instituições, como os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de Minas e Energia (MME), e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Durante a apresentação, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Eronildo Bezerra, destacou a importância do projeto para a matriz energética nacional. "Temos um potencial imenso de geração eólica. Hoje, se precisamos testar um equipamento, o mandamos para o exterior. Isso atrapalha a nossa competitividade", disse.
O secretário ressaltou ainda a qualidade do estudo do CGEE e garantiu que vai empreender esforços para que o projeto saia do papel ainda neste ano. Para viabilizar o Inter, diversas instituições deverão ser mobilizadas. A ideia é aproveitar parte da estrutura já existente no país, por meio de entidades como o Senai.
"Nós estamos falando sobre um projeto de natureza estratégica para o país. Ele terá grande impacto, nos tirando de uma condição de dependência tecnológica", afirmou.Conteúdos mais visualizados
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