Notícias

Voltar

CGEE apresenta seus observatórios na 75ª Reunião Anual da SBPC

75ª SBPC

CGEE apresenta seus observatórios na 75ª Reunião Anual da SBPC

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) participa da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Como parte da programação, o Centro realizou, no dia 26, a palestra "CGEE - Antecipando o futuro, contribuindo com o desenvolvimento do Brasil", onde apresentou os observatórios de Ciência, Tecnologia e Inovação (Octi); de Bioeconomia (OBio); de Tecnologias Espaciais (OTE); e de Cidades Sustentáveis (Oics).

O debate foi organizado durante a ExpoT&C - uma mostra de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) - que acontece no âmbito da Reunião Anual da SBPC, cujo tema central da edição de 2023 é “Ciência e democracia para um Brasil justo e desenvolvido”.

Na abertura do evento, o diretor-presidente do CGEE, Fernando Rizzo, apresentou a instituição e destacou a relevância de seus estudos prospectivos. “Desde a sua criação em 2001, o CGEE tem sido um motor de avaliações e estudos que têm influenciado diversas decisões governamentais.” Ele destacou a importância dos observatórios, uma atividade contínua do Centro, que acompanha de forma inovadora temas estratégicos para o país.

A líder do Octi, Adriana Badaró, deu continuidade à palestra apresentando a principal missão do observatório. O projeto é responsável pelo monitoramento de indicadores e da produção científica, tecnológica e de inovação no Brasil e no mundo. Para isso, o observatório está estruturado em dois eixos principais de monitoramento contínuo: panoramas e indicadores.

Ao longo de sua participação, a coordenadora ressaltou o objetivo do observatório de buscar entender o estado da arte e antecipar tendências no campo da produção de conhecimento e desenvolvimento científico tecnológico. Ela também compartilhou informações sobre o Boletim Anual do Octi Ano 3 – Panoramas em CT&I no Brasil e no Mundo, lançado em junho de 2023. O documento traz uma análise detalhada do monitoramento da produção científica no Brasil e no mundo, destacando o crescimento de áreas, especializações temáticas e a dinâmica de colaboração científica do Brasil.

Em seguida, foi a vez da assessora técnica, Daniella Fartes, do OBio, explicar o conceito de bioeconomia adotado pela instituição. Ela destacou que a bioeconomia compreende toda atividade que utiliza bioprocessos e bioprodutos em prol de um desenvolvimento mais sustentável. Além disso, apresentou a missão do observatório, que é apoiar o desenvolvimento da bioeconomia brasileira, fornecendo inteligência estratégica para subsidiar políticas públicas e questões acadêmicas e empresariais.

“Uma das principais atividades do OBio é a produção de boletins temáticos em diversas áreas da bioeconomia”, afirmou. Fartes lembrou que essas atividades são baseadas em levantamento de dados e evidências científicas para oferecer apoio à tomada de decisão, antecipando o futuro e produzindo informações que contribuam para um futuro mais promissor e sustentável. Durante a sua palestra, a assessora técnica divulgou alguns resultados do terceiro boletim do projeto, que teve como foco a bioeconomia amazônica.

Por sua vez, o coordenador do Observatório de Tecnologias Espaciais (OTE), Thyrso Villela, aproveitou a oportunidade para explicar o objetivo de seu projeto e a importância do tema espacial para o país. Ele destacou que o CGEE se envolve em temas estratégicos para o País e a área espacial é uma delas.

Apesar de o Brasil ser um dos países que domina o ciclo espacial, sendo capaz de produzir os seus próprios satélites e lançá-los de seu território, ainda não possui domínio total nessa área. Por esse motivo, o Centro entra em ação, fornecendo informações essenciais que possam contribuir para que o País alcance esse domínio crucial. Villela abordou, ainda, as possibilidades de uso de aplicações espaciais, incluindo a plataforma espacial padronizada de baixo custo conhecida como CubeSat.

Para concluir as apresentações dos observatórios, a coordenadora do Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis (Oics), Raiza Fraga, explicou a importância dessa plataforma de mapeamento e divulgação de soluções urbanas e inovadoras. Desenvolvido em parceria com outras instituições, o Oics tem sido fruto de um trabalho de cinco anos do CGEE.

A plataforma oferece um banco de soluções e estudos de casos em temas que abordam os desafios urbanos enfrentados atualmente. Raiza divulgou o banco de soluções e indicadores de desempenho, resultado do trabalho conjunto de 30 pesquisadores de instituições como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A coordenadora reforçou que os mapeamentos realizados pelo observatório não têm um ponto final, pois sempre há novas iniciativas a serem aplicadas nas cidades. Essa constante articulação de forças na ciência permite transformar as informações produzidas em qualidade para tomadas de decisão. Fraga divulgou que a próxima etapa do trabalho do observatório vai abrir espaço para que instituições e pesquisadores contribuam com soluções e identifiquem os caminhos possíveis para a sustentabilidade urbana.

A presença do Centro e a apresentação dos observatórios foram uma oportunidade de compartilhar conhecimentos, reforçando o compromisso da instituição em contribuir para o desenvolvimento do Brasil por meio da CT&I.

O webinar do CGEE na 75ª Reunião Anual da SBPC foi registrado na íntegra no YouTube e pode ser acessado através deste link.