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CGEE debate com jovens cientistas a importância da iniciação científica

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CGEE debate com jovens cientistas a importância da iniciação científica

Um programa que aumenta a eficiência da pós-graduação, reduz o tempo de titulação dos bolsistas e desperta vocações para a ciência. Dessa forma, o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, resumiu a importância do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele foi um dos participantes da palestra “Jovens na Ciência”, que aconteceu ontem (19), em Belo Horizonte (MG), durante a programação da mostra ExpoT&C, na Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

O CGEE realizou uma avaliação do Pibic, onde foi constatado que os alunos de graduação contemplados pelo programa, ao terem contato com a iniciação científica, sob a orientação de um pesquisador qualificado, ganham não apenas enriquecimento na experiência acadêmica, mas também uma melhor inserção profissional em qualquer área do conhecimento.

“É um programa bom para os bolsistas, que são os beneficiários diretos. Ele também é bom para o ensino superior, porque aumenta a sua eficiência, reduz o tempo de titulação e estimula vocações para a pós-graduação. Além disso, é bom para a sociedade, porque diminui a desigualdade regional, a desigualdade de gênero e aumenta a empregabilidade dos bolsistas, que costumam ser melhor remunerados”, afirmou o presidente.

Entre outros destaques, a avaliação aponta que os egressos do Pibic tinham, de 2001 a 2013, período em que foi avaliado, uma chance 2,2 vezes maior de completar o mestrado e 1,5 maior de concluir o doutorado, quando comparados aos alunos que não participaram do programa.

“Esse tipo de avaliação é muito importante para que a sociedade entenda a importância desses programas. Precisamos apresentar essas boas iniciativas nas quais o Brasil tem investido, de uma maneira que a sociedade entenda a sua relevância e para que defenda a sua continuidade. São programas fundamentais para o país”, ressaltou.  

O presidente convidou o público para conhecer, no stand do Centro na ExpoT&C, a ferramenta de inteligência tecnológica Insight Net. Por meio dela, é possível saber, por exemplo, onde estão hoje os ex-bolsistas do Pibic e em que tipo de redes de pesquisas eles estão inseridos.

O presidente do CNPq, Mario Neto Borges, destacou a importância da iniciação científica e defendeu a preservação dos investimentos para a formação de novos cientistas. “Temos mantido os nossos programas. A primeira coisa que recuperamos no orçamento foi a cota de bolsas, que tinha sido reduzida em 20%”, ressaltou.

Jovens na ciência

Durante o painel, o representante da Fundação Roberto Marinho, André Luiz Pinto, falou sobre o Prêmio Jovem Cientista. De acordo com ele, até hoje foram mais de 21 mil projetos inscritos desde a criação da iniciativa. A próxima edição será realizada em 2018. Na ocasião, alunos vencedores em diversas modalidades deram os seus depoimentos sobre a importância da premiação nas suas trajetórias acadêmicas. Entre eles, o agraciado com o 14º prêmio na categoria Iniciação Tecnológica, Icaro Rodrigues Sarquis. “Pretendo ingressar no mestrado, doutorado e fazer por outros alunos o que o Brasil fez por mim”, destacou.

O prêmio é uma iniciativa do CNPq, em conjunto com a Fundação Roberto Marinho. A premiação foi criada para revelar talentos, impulsionar a pesquisa no Brasil e investir em jovens estudantes que procuram inovar na solução de desafios para a sociedade. “Se nós não divulgarmos isso para todo o país, para os leigos, para que as pessoas vejam como a ciência acontece, nós vamos ficar restritos aos convertidos, que somos nós mesmos. O Prêmio Jovem Cientista é fundamental. Ele é o de maior amplitude e de maior abrangência para a área”, disse. 



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