Notícias

Voltar

CGEE participa de debate sobre comunicação científica na Reunião Anual da SBPC

SBPC

CGEE participa de debate sobre comunicação científica na Reunião Anual da SBPC

 

O líder do projeto "Produção e Disseminação de Informações em CT&I" do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Jean Campos, marcou presença, ontem (27), na mesa-redonda "Ciência nas redes: comunicação científica para além dos especialistas", durante a ExpoT&C, feira que integra a programação da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O evento é sediado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba (PR). 

Uma plateia lotada composta por divulgadores científicos, jornalistas e estudantes conversou sobre o tema com os palestrantes. Além de Campos, o debate contou com a participação da coordenadora do Instituto de Comunicação Pública em Ciência e Tecnologia, sediado na Fundação Oswaldo Cruz, Luisa Massarani; de Laura Marise, do canal Nunca vi 1 cientista; e de Carlos Ruas, cartunista brasileiro da página Um sábado qualquer. Pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, responsável pela iniciativa, estiveram presentes: a chefe da Assessoria Especial de Comunicação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ana Cristina Santos; a coordenadora-geral de Popularização da Ciência do ministério, Luana Bonone; e a diretora de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, Juana Nunes. 

Durante a sua apresentação, Campos abordou os temas de desinformação; interação dos brasileiros com as informações científicas durante a pandemia da Covid-19; mídias sociais e a retirada de controle sobre a distribuição da mensagem na internet; e a busca por um modelo de comunicação pública da ciência que promova inclusão e fortalecimento democrático.

Além disso, durante a sua palestra, foram apresentados exemplos da atuação conjunta no Centro entre especialistas técnicos com profissionais de comunicação, como a divulgação dos relatórios do Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (Octi); o lançamento do projeto Galáxia da Ciência Brasileira; e as transmissões online para o lançamento dos projetos do CGEE. 

“Nós estamos em um processo de experimentação permanente, utilizando recursos do audiovisual, produzindo conteúdo para as mídias sociais, criando listas de transmissão por mala direta, atualizando nossos sites institucionais, etc. A ideia central é sempre o direito à informação. Ou seja, o cidadão pode e deve ter acesso ao conhecimento científico. Nossa função é investigar formas e trabalhar para traduzir esse conteúdo científico, promovendo um processo diálogico. Ao mesmo tempo em que buscamos levar o conteúdo às pessoas e incentivamos que elas acessem as nossas plataformas, queremos interagir para aprimorar os conhecimentos", afirmou. 

Em sua apresentação, Luisa Massarani destacou que ainda há uma ausência de formas de avaliar as atividades de divulgação científica no país. "Vamos muito pela nossa cabeça, com o que a gente acha que as pessoas querem e ainda não temos instrumentos robustos, consolidados para entender como o público interage, percebe, recebe e dialoga com essas atividades que têm sido amplamente difundidas no Brasil e em outros países da América Latina". Ela ressaltou que as formas de avaliação ainda são muito numéricas, que é um aspecto importante, mas outras iniciativas ainda são necessárias. 

A pesquisadora apresentou, ainda, dados de um guia sobre museus de ciências. De acordo com ela, quase todos os países da América Latina contam com instituições desse tipo, mas de uma forma muito desigual. O Brasil é a nação que possui o maior número na região, porém com o Sudeste e as grandes capitais concentrando a maior parte desses museus. "Por isso, a necessidade de incentivarmos, cada vez mais, iniciativas itinerantes", disse. 

Por sua vez, o representante do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), Douglas Silva, destacou a necessidade de se levar a divulgação da ciência para o interior e periferias, comunidades tradicionais, promovendo a diversidade. "Fazer uma divulgação científica voltada para o social não é algo óbvio", ressaltou.  
 



Sem comentários ainda. Please sign in to comment.