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CGEE participa de reunião sobre terras secas

Desertificação

CGEE participa de reunião sobre terras secas

O assessor técnico do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), José Roberto de Lima, participou da reunião do Comitê Novo Atlas, realizada de 22 a 26 de setembro, na Universidade de Lanzhou, na China. O Comitê tem como objetivo atualizar o Atlas Mundial da Desertificação e é composto por pesquisadores das cinco regiões globais.

A publicação do Atlas Mundial da Desertificação foi atualizada pela última vez em 1997. A nova edição, na qual o CGEE e outros atores trabalham há dois anos, está em fase de conclusão. O Centro é responsável pela elaboração do capítulo do Atlas referente às questões que tratam das políticas internacionais sobre desertificação. Ainda como decisão da reunião de Lanzhou, será incluído na publicação um estudo de caso sobre Recuperação de Áreas Degradadas, desenvolvido pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

José Roberto Lima prevê que uma nova versão do atlas, atualizada e pronta para publicação, esteja disponível até o fim do ano. Ele também destaca o trabalho conduzido pelo comitê, que surgiu como demanda da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos de Seca (UNCCD), realizada em 2012, na Coréia do Sul. “O grande ganho do processo foi entender como a desertificação evoluiu nos últimos anos. O novo atlas traz esses dados bem definidos, com um nível de detalhamento muito maior que o anterior”, avalia.

A importância do atlas, assim como da atualização do mesmo, reside no fato de que ele é subsídio para tomadas de decisão. “Quando se diz: ‘é provável que, em 5 anos, o semi-árido brasileiro se torne deserto’, isso significa que a tendência é essa se nada for feito”, diz Lima. “É necessário haver políticas e ações adequadas, condizentes com a realidade e embasadas em um processo de conhecimento muito bem sustentado”, completa.

O assessor explica que, no caso da desertificação, o Atlas Mundial representa esse conhecimento. “Esse trabalho não se consubstancia apenas em um atlas, mas em um instrumento para tomadas de decisões coerentes por parte dos governos”, pondera.



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