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CGEE realiza oficinas em todo país para construir

Serie de Workshops - Oepas

CGEE realiza oficinas em todo país para construir

As oficinas realizadas pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) têm a finalidade de construir um Programa de Gestão Estratégica para cada Organização Estadual de Pesquisa Agropecuária (Oepa) do país. Atualmente existem 17 Oepas. A pauta das reuniões inclui identificação da orientação estratégica vigente, apresentação da metodologia de trabalho e de cenários, bem como a formação de grupos de trabalho. A série de 17 oficinas acontece desde agosto e vai até outubro deste ano. As Oepas dos estados de Pernambuco, Santa Catarina e Rio de Janeiro já sediaram suas respectivas oficinas. Os próximos workshops que acontecerão em setembro serão em Aracaju, na Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), de 10 a 12; e em Vitória, no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), entre os dias 17 e 19. O CGEE produziu, em 2006, o “Estudo sobre o papel das Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas)”, que analisou 16 Oepas brasileiras. O resultado do trabalho serviu de base para a elaboração do capítulo que trata da Recuperação das Oepas para o fortalecimento do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, do Plano de Ação 2007-2010 de Ciência e Tecnologia. No total, o estudo foi conduzido ao longo de dez meses, com o envolvimento de 30 consultores. Eles abrangeram entrevistas com pesquisadores das Oepas no país e entrevistas com 270 lideranças do setor da pesquisa agropecuária, entre dirigentes de universidades, secretários estaduais de agricultura e representantes da pequena e da grande produção agropecuária. O conjunto de organizações abrange empresas, fundações e uma autarquia, ligadas aos governos estaduais e voltadas à pesquisa agropecuária regional. São elementos chave para garantir projetos de estado como a expansão territorial da agropecuária, o avanço das fronteiras da bioenergia, a defesa fitossanitária e do meio ambiente do país. Entre suas características marcantes está o fato de abrigarem, nos governos estaduais, um quadro de profissionais com respeitável titularidade para as pesquisas agropecuárias: 29% do total são doutores, 49% são mestres, 4% especialistas e 18% graduados. Segundo o estudo, as Oepas encontram-se numa fase em que suas iniciativas de pesquisa são diluídas por se dedicarem a outras atividades. O trabalho concluiu, por exemplo, que apenas cinco instituições dos estados continuam focadas na pesquisa. As demais entidades agregaram a esse fim outros papéis: ensino, capacitação de agentes regionais para o desenvolvimento agropecuário e assistência técnica a agricultores. Das 16 instituições estaduais analisadas, 13 têm como público-alvo principal a agricultura familiar, e boa parte dos técnicos atua em atividades de extensão, em detrimento da sua dedicação ao laboratório. Outro aspecto ressaltado é a dispersão do orçamento dessas instituições. Dos R$ 393 milhões destinados em 2005 às 16 Oepas, pouco mais de R$ 56 milhões foram voltados à pesquisa agropecuária. Entre as recomendações sugeridas estão a necessidade de rever o modelo do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuário de modo a tornar seus componentes parceiros efetivos. Outra recomendação é resgatar a liderança da Embrapa na coordenação e fortalecimento desse sistema, aproveitando a capilaridade das Oepas nos estados, de forma a alcançar competitividade com redes de cooperação entre os diversos atores – o que foi contemplando no PAC da Embrapa, lançado este ano. O estudo ressalta, ainda, a importância de pautar a carteira de projetos de pesquisa das instituições em sintonia com as oportunidades econômicas que surgem e em relação a novos mercados e cadeias produtivas regionais que precisam se desenvolver.



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