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CGEE reúne especialistas para consolidar planos estratégicos do setor de energia elétrica

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CGEE reúne especialistas para consolidar planos estratégicos do setor de energia elétrica

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) realiza, até hoje, na sua sede, em Brasília (DF), mais uma etapa de debates para apontar uma agenda estratégica de CT&I para o setor de energia elétrica. Ao todo, foram convidados 43 especialistas de todo o Brasil, com representantes de instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI),  a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), a  Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Ministério de Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Os encontros são organizados no âmbito do projeto Prospecção Tecnológica no Setor de Energia Elétrica, conduzido há mais de um ano pelo CGEE. A iniciativa foi demandada pela Aneel e por 10 instituições do segmento, visando otimizar a distribuição dos recursos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e direcionar o investimento das empresas do setor em P&D.

Na prática, isso representa uma oportunidade de verificar quais são as tecnologias que mais rapidamente devem ser aprofundadas para que sejam assimiladas pela sociedade, conforme explica o professor da Politécnica da USP e membro do Comitê Consultivo do projeto, Sidnei Martini.

“As pessoas estão começando a comprar painéis fotovoltaicos e os interligando com o sistema elétrico da própria casa. Isso está acontecendo espontaneamente, sem ser mandado por ninguém. Então, temos que caminhar na frente para ter essa tecnologia e facilitar o dia a dia da sociedade, de maneira geral, com essas inovações tecnológicas que estão sendo ofertadas”, declarou o professor.

Esse novo ciclo de reuniões diz respeito à terceira etapa do projeto, intitulada Posicionamento, que tem como objetivo consolidar os planos estratégicos traçados e viabilizar os roadmaps desenvolvidos na etapa anterior, de construção de futuro.

O projeto

Teve início em 2015 e desde então foram realizadas duas etapas, reunindo 710 especialistas, em uma tentativa de tornar mais eficiente o investimento realizado pela Aneel em P&D.

As empresas cooperadas que participam do projeto são: Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Companhia Paranaense de Energia (Copel), Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Light, Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Sul, Paulista e Piratininga, Energética Barra Grande S.A. (Baesa), Campos Novos Energia S.A. (Enercan) e AES Tietê. As empresas executoras do projeto são o CGEE, responsável pela parte técnica, e a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), que atua como apoio gerencial junto às empresas.

De acordo com a coordenadora do estudo, Ceres Cavalcanti, o projeto busca identificar grandes áreas de pesquisa que possam no futuro fomentar a inserção real de todas essas inovações que facilitarão a vida do consumidor em termos de qualidade,  além de melhorar a dinâmica e diminuir custos.

Ainda segundo ela, a ideia é fomentar o desenvolvimento tecnológico do setor elétrico e assegurar que estejam disponíveis tecnologias que contribuam para garantir a segurança energética, a diminuição das tarifas e a sustentabilidade.

“Considerando o alcance do atendimento da energia elétrica e todos os serviços que ela pode proporcionar, esse desenvolvimento se traduzirá em grandes benefícios para o cidadão, levando, inclusive, ao aumento da sua renda. Por exemplo, garantir que o agricultor familiar possa ter um eficiente motorzinho elétrico para moer a sua mandioca, levar energia aos consumidores de regiões remotas ainda sem acesso e reduzir os dispêndios com energia elétrica”, destaca Cavalcanti. 



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