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Cidades sustentáveis é tema de debate em evento do projeto Café com Design

Café com Design

Cidades sustentáveis é tema de debate em evento do projeto Café com Design

O segundo encontro do projeto Café com Design, realizado pelo Centro Universitário Iesb e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ocorreu no dia 11, na sede do CGEE, e teve como tema “Design e Cidades Sustentáveis”. O evento contou com palestras das diretoras do Centro Brasil Design (CBD), Leticia Castro e Ana Brum. Abrindo o encontro, a diretora do CGEE, Regina Silverio, anunciou que o CBD e a Casa estão estudando a possibilidade de uma parceria. 

No abertura do evento, o assessor técnico do CGEE e um dos idealizadores da iniciativa, Marco Lobo, fez uma apresentação sobre o Centro Brasil Design. Ele destacou a experiência do CBD na elaboração de políticas públicas e a relevância da instituição para o país. “Quando se fala em políticas públicas, as pessoas pensam especificamente nas questões econômica ou administrativa, mas o design faz parte disso”, afirmou o assessor. “O CBD é muito importante para o Brasil hoje. O grupo está em Curitiba (PR), mas trabalha no país como um todo”, destacou. 

Leticia Castro explicou a atuação do CBD nos âmbitos nacional e internacional. “O Centro Brasil Design é um hub de transformações inovadoras. Nós temos condições de conectar diversos atores, como dos setores público, privado e da academia, para que possamos, de fato, promover politicas públicas de inovação e design no Brasil”, ressaltou Castro.

Ela destacou as parcerias que o CBD tem desenvolvido com países como China, Taiwan, Alemanha e Coreia do Sul. Além disso, lembrou que, desde 2018, a organização é signatária da Rede Brasil do Pacto Global e se compromete com alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. “Como instituição de referência em design no Brasil, sentimos a obrigação de falar da sustentabilidade por meio do design”, lembrou a diretora.

Em seguida, Ana Brum esclareceu características de cidades criativas. De acordo com ela, as cidades criativas estimulam mais os setores cultural, de serviços e a sustentabilidade, além de reter melhor os profissionais locais. “As empresas começam a ficar mais competitivas, a investir mais em tecnologia e a perceber mais o seu usuário. Com isso, nós, enquanto sociedade, passamos a ficar mais críticos”, disse Brum.

A diretora falou, também, sobre cidades sustentáveis. Segundo a especialista, essas devem ter práticas eficientes e compreender as necessidades da população como foco. “Cidades sustentáveis precisam usar ferramentas de design, todos os conceitos de sustentabilidade, que a cada dia estão se reinventando, serem inclusivas e inovarem constantemente”, relatou.

Ela destacou, ainda, que economias que investem em design se tornam mais competitivas, e trouxe como exemplo a Dinamarca, onde 93% das empresas utilizam recursos da área. Para Brum, o Brasil precisa elaborar índices como esse para demonstrar a produção nacional no âmbito da inovação pelo design. “Esse é o nosso grande desafio enquanto CBD: mostrar que o design é lucrativo, gera empregos e pode mudar uma economia”, afirmou.