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CITinova apresenta experiências focadas no desenvolvimento sustentável em evento na capital paulista

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CITinova apresenta experiências focadas no desenvolvimento sustentável em evento na capital paulista

Na última quarta-feira (18), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e seus parceiros apresentaram os resultados do trabalho realizado nos últimos anos pelo Projeto CITinova – focado na promoção da sustentabilidade nas cidades brasileiras – em um evento do MundoGeo, feira de tecnologia que aconteceu nesta semana no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP). 

 

Evento CITinova ocorreu em São Paulo e foi transmitido pelo YouTube do CGEE.

 

O evento CITinova: Tecnologia e Inovação para Cidades Sustentáveis foi presencial, com transmissão ao vivo, e contou com três painéis expositivos que discorreram sobre “Planejamento Urbano Integrado”, “Investimentos em Tecnologias Inovadoras” e “Plataformas para Cidades Sustentáveis”. Assista aqui.

O CITinova é um projeto multilateral focado em (1) oferecer conteúdo sobre planejamento urbano com foco no desenvolvimento de cidades mais sustentáveis; (2) elaborar plataformas que apoiem a gestão pública nas áreas de água, resíduos, energia, mobilidade e mudanças climáticas; e (3) desenvolver dois projetos-piloto – em Recife (PE) e Brasília (DF) – para mostrar, na prática, como é possível desenvolver soluções tecnológicas que promovam o desenvolvimento sustentável de cidades brasileiras.

Neste contexto, o coordenador-geral de Ciência para Biodiversidade e diretor nacional do Projeto CITinova, Luiz Henrique Mourão do Canto Pereira, destacou a importância dos projetos-piloto como legado e exemplo para outras cidades. “Um país tão heterogêneo como o nosso, mas ao mesmo tempo com tantas assimetrias, precisa ter abordagens e soluções que contemplem os diferentes cenários brasileiros”, opinou.

Planejamento Urbano Integrado

No primeiro painel, a Agência Recife de Inovação e Estratégia (ARIES) – coexecutora do projeto – trouxe a experiência da Política de Habitação de Interesse Social. A partir dessa ação, o CITinova oferece instrumentos que podem ser utilizados por governos locais para melhorar o trabalho realizado na construção de novas moradias.

Como exemplo, a diretora de projetos da ARIES, Mariana Pontes, falou sobre o percurso metodológico aplicado pelo EVTEA – Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental para Habitação de Interesse Social (HIS) e Habitação de Mercado Popular (HMP) em Recife. “A nossa premissa era trabalhar a moradia digna e bem localizada na cidade. A nossa meta é contribuir para diminuir em 20% o déficit habitacional na capital pernambucana”, salientou.

Além de Pontes, estiveram presentes a subsecretária de gestão territorial e ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Distrito Federal – SEMA/DF, Maria Silvia Rossi, a secretária de habitação da Prefeitura de Recife, Maria Eduarda Campos, e a docente do Departamento de Engenharia do Conhecimento – ECG, Clarissa Stefani, que falou na rodada de diálogo, realizada após o painel.

Tecnologia e Inovação

O segundo painel, denominado “Tecnologia e Inovação”, expôs como os projetos-piloto em Recife e no Distrito Federal têm buscado solucionar desafios históricos de ambas cidades. Para isso, a coordenadora nacional do CITinova, Ana Lúcia Stival, ressaltou os aspectos técnicos a respeito do planejamento urbano implementados nos territórios e as ações focadas na promoção da sustentabilidade.

Durante o evento, Stival destacou, também, o diferencial do CITinova contar com a participação efetiva de mulheres em sua construção. “Tivemos aqui um painel composto por cinco mulheres, e essa presença massiva de autoridades femininas falando sobre planejamento de cidades, inovação e sustentabilidade permite olhares necessários para a questão de gênero e desenvolvimento urbano”, salientou.

Já a assessora especial da Subsecretaria de Gestão de Águas e Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal, Elisa Meirelles, destacou dois projeto do CITinova realizados na capital federal, responsáveis pela preservação e recuperação do bioma Cerrado nas Bacias do Rio Descoberto e Rio Paranoá. “Essas bacias são importantes porque 80% do abastecimento público vem justamente dos reservatórios de águas do Descoberto e do Paranoá”, explicou.

O painel contou ainda com as participações da diretora do ARIES, Mariana Pontes, do secretário de Meio Ambiente de Recife, Carlos Ribeiro, e do docente do do Instituto de Estudos Socioambientais ( IESA), Manuel Eduardo Ferreira.

Plataformas para Cidades Sustentáveis

O terceiro painel tratou sobre a disseminação de conhecimento. A apresentação ficou por conta do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e trouxe a assessora  técnica do Observatório de Inovações para Cidades Sustentáveis (OICS), Monique Santos, além do coordenador geral do Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.

Abrahão anunciou que, ainda em julho deste ano, a Plataforma Cidades Sustentáveis lançará o índice de sustentabilidade de todos os municípios brasileiros a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estipulados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“A nossa plataforma tem acesso gratuito e usa software livre para que a gente ganhe escala no Brasil. Nosso país tem mais de 5 mil municípios, sendo que 80% da população vive em áreas urbanas. Assim, nosso desafio é grande. Temos que incorporar essas cidades para conseguir esses avanços de uma forma geral”, explicou.

As apresentações podem ser conferidas na gravação disponível no YouTube. (LINK: https://www.youtube.com/watch?v=uXYlr4avvgQ)

CITinova

Coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o CITinova é executado em parceria com Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) e Porto Digital, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e Secretaria do Meio Ambiente (SEMA/GDF). Tem financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês) e é implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).