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Dimensões estratégicas para o desenvolvimento
Seminário Internacional
Dimensões estratégicas para o desenvolvimento
Os desafios postos para o Brasil sob a ótica do desenvolvimento pautaram a palestra do presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, realizada hoje (4), em Brasília (DF), durante seminário internacional realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap).
“A ideia de estratégico nos obriga a refletir sobre desafios que não são tão exógenos. Eles devem ser discutidos como percepções coletivas sobre onde queremos chegar. A realidade da nossa sociedade contemporânea está mais associada à ideia do individual, mas nem sempre foi assim”, destacou Laplane a uma plateia composta por gestores de todo o País.
Na sua opinião, o conceito de “Liberdade, igualdade e fraternidade” foi substituído pelo de “individualismo, competitividade e rentabilidade”. No entanto, ele ressaltou a importância de debater os desafios coletivos, principalmente quando o tema é desenvolvimento. “Eu, particularmente, gosto da ideia de sonhos coletivos, apoiados na ideia de um país mais igualitário”, afirmou.
Para atingir esse patamar, Laplane apontou como um aspecto importante o rápido aumento da qualidade dos bens e serviços. Ele lembrou que o País conta com uma estrutura produtiva bastante heterogênea. “Diversificar isso ainda mais significa descobrir oportunidades e materializar a construção de novos mercados”, disse.
Para o presidente, uma das dificuldades para reverter esse cenário é a concentração de poder. “O conhecimento é um elemento importante nesse contexto e ele tem ficado em determinados países e regiões. Essa concentração não é apenas em nações, mas também em empresas”, lembrou.
O presidente do CGEE se disse otimista em relação ao potencial do Brasil como player global. Ele apontou casos bem sucedidos onde o País conseguiu construir mercado desenvolvendo conhecimento. “Temos histórias de sucesso e sonhos realizados em uma época em que isso parecia irreal. Os jovens não lembram que o Brasil importava feijão há algumas décadas. Fomos além do combate à fome e desenvolvemos uma agricultura tropical. Construímos um novo mercado, por meio do conhecimento”, ressaltou.
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