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Diretor do CGEE participa de painel na Conferência Livre sobre Políticas para CT&I com base em evidências

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Diretor do CGEE participa de painel na Conferência Livre sobre Políticas para CT&I com base em evidências

 
Diretor do CGEE, Caetano Penna, em sua fala durante o evento  
Foto: FGV  

Na quarta-feira (03), o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Caetano Penna, foi um dos palestrantes em destaque no segundo painel da Conferência Livre sobre Políticas para Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) com base em evidências, promovida pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo (SP). O evento, inserido no contexto da 5ª Conferência Nacional de CT&I (5CNCTI), visou identificar ações prioritárias para o desenvolvimento de políticas baseadas em evidências para o setor no Brasil.

No painel "Definição de diretrizes e sistema de avaliação permanente para os investimentos em CT&I", o diretor do Centro, Caetano Penna, compartilhou a sua visão ao lado de outros palestrantes, incluindo o gerente de relacionamento do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello), José Biruel (Cenpes/Petrobras); o presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Odir Dellagostin; e o professor da Escola Brasileira de Administração Pública e Empresas da FGV, Paulo Figueiredo. A mediação ficou a cargo do representante da Comissão de Pesquisa e Inovação da FGV/UFRGS, Livio Amaral.

Na sua apresentação, Penna introduziu uma reflexão sobre as políticas orientadas por missão, destacando a importância de compreender a inovação não apenas como uma corrida para obter mais ou ser o primeiro colocado, mas sim como um meio para alcançar objetivos específicos. "É parte de uma visão de que a inovação deixa de ser uma corrida, de fazer mais, chegar primeiro, a ser algo que tem um fim. Na verdade, você utiliza a inovação não como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para se alcançar algo", afirmou. 

Penna prosseguiu, detalhando as três gerações dessas políticas. Inicialmente, ele mencionou a primeira geração, caracterizada pelo emparelhamento industrial sistêmico, uma abordagem que começou nos Estados Unidos e na Alemanha no século XIX e foi posteriormente igualada por países asiáticos e latino-americanos no século XX. Em seguida, referiu-se à segunda geração, representada por iniciativas de fronteira tecnológica, como o projeto Manhattan e o programa Apollo, fundamentais para avanços significativos nas áreas de energia, defesa e aeroespacial. Por fim, destacou a terceira geração, denominada "Grandes Desafios Societais", que contempla iniciativas contemporâneas relacionadas a mudanças climáticas, sustentabilidade ambiental, questões demográficas, nutrição e segurança energética. De acordo com ele, essa abordagem enriqueceu o debate sobre as perspectivas futuras das políticas de CT&I no Brasil e no mundo.

Na primeira geração, a experiência nacional traz exemplos como os casos da Petrobras, na exploração do petróleo, e da Empresa Brasileira de Aeronaves (Embraer S.A), no desenvolvimento da aviação no país. Na segunda geração, de fronteira tecnológica, constam o Programa Nuclear Brasileiro; a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, com a agricultura tropical; e o Projeto Sírius, com a nova fonte de luz síncrotron. Na terceira geração, o diretor lembrou do Programa Proálcool e do Programa Inova, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

5CNCTI 

As Conferências Livres de CT&I proporcionam um espaço aberto para discussões que abrangem uma variedade de temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação, possibilitando a participação de diversos segmentos da sociedade interessados nessas questões. Esses eventos são etapas que antecedem a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de junho de 2024, em Brasília (DF). 

As propostas discutidas nas conferências regionais, livres e temáticas serão consolidadas em recomendações para a elaboração da Estratégia Nacional de CT&I para o período de 2024 a 2030. O novo documento substituirá o de 2016-2023, que durante o evento, também terá seus programas, planos e resultados analisados. 

A 5CNCTI conta com a organização do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo MCTI, e articulação de mais de 40 instituições e oito ministérios. A conferência tem caráter consultivo e volta a ser organizada depois de um hiato de 14 anos. O seu objetivo é discutir junto à sociedade as necessidades do setor.

 



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