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Eficiência Energética

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Eficiência Energética

Durante o dia 13 de julho, consultores e especialistas de diversas instituições nacionais estiveram no CGEE para participar do seminário sobre Eficiência Energética no Brasil. Os ministérios de Ciência e Tecnologia (MCT), Minas e Energia (MME), Meio Ambiente (MMA), Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Relações Exteriores (MRE) e a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF) participaram com representantes, além da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Eletrobrás, da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Embaixada Britânica e do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Órgãos de ensino também estiveram presentes, entre eles a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Foto: Ricardo Lemos /MCT
Marcelo Poppe, um dos líderes da ação no CGEE, em
apresentação durante a oficina

A programação contou com uma recepção aos participantes pela presidenta do centro, Lucia Melo, e seguiu com três palestras sobre temas distintos: Políticas, programas e análises institucionais e setoriais, Mecanismos e ferramentas e Mercado. Elas foram concluídas com um debate final entre todos os presentes, que serviu para apresentar e discutir o estudo do CGEE, Eficiência Energética, realizado no âmbito do contrato de gestão supervisionado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O estudo pretende analisar as ações em PD&I com foco em energia elétrica para, assim, identificar desafios e obstáculos e mapear os esforços de investimentos nessa área.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota, o Brasil é um dos poucos países privilegiados pela natureza favorável ao fornecimento de energia.

"Alinhado a outros elementos, como a competência técnica e empresarial, além do solo e da oferta de água, o país se tornou abundante em termos energéticos", disse, destacando que a energia é uma das questões mais relevantes do Planeta.

O secretário ressaltou que é necessária a continuidade de programas e iniciativas governamentais com foco no uso racional da energia para um plano de abastecimento sustentável e de longo prazo. "Se não utilizarmos tudo de forma racional com forte base científica e desenvolvimento tecnológico, não daremos conta de um bem enorme que temos."

Na opinião do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura, o governo deveria ter conquistado mais em eficiência e conservação energética nos últimos anos. "Não estamos organizados institucionalmente para avançar nesta área e, em termos práticos, tivemos resultados, mas aquém do desejado", disse.

Ventura lembrou que o plano de racionamento de energia adotado em 2001 teve resultados, mas não foi suficiente para alcançar a eficiência necessária. Ele acredita que é preciso aperfeiçoar as políticas com programas de consumo sem desperdício. "Faltam ações efetivas e programas bem estruturados, por exemplo, a substituição integral de lâmpadas incandescentes".

O desafio do governo é de até 2030 atingir a meta de 10% de conservação de energia elétrica. Para atingir esse objetivo, Ventura defende políticas compulsórias, por meio de legislações.

Em sua apresentação, o pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sergio Bajay, disse que o governo nunca teve uma política de longo prazo voltada para eficiência energética. Para ele, o primeiro passo para resolver a questão seria a elaboração desse projeto. "Essa política requer metas de conservação de energia definidas de comum acordo com os principais agentes envolvidos".

O especialista defende que eficiência energética traz ganhos ambientais e de competitividade. Para isso, é necessário estabelecer metas realistas para diretrizes de políticas energéticas previamente definidas. Entre as metas estão segurança energética e economia de investimentos; minimização de impactos ambientais e contribuição ao desenvolvimento, aumentando a qualidade e a produtividade.

Também participaram do evento autoridades do setor de energético, representantes dos ministérios da Fazenda, das Relações Exteriores, de Minas e Energia, do Meio Ambiente e da Eletrobras.

(Informações da Assessoria de Comunicação do MCT e CGEE)



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