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Instituto de ensino superior indígena
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Instituto de ensino superior indígena
O que é necessário, em se tratando de educação, para que o cidadão indígena melhore sua condição de vida comunitária, social e econômica? O que pode ser feito para que isso aconteça de forma que o indígena atue nas comunidades da região onde vive, além de gerir de forma sustentável os recursos do local?
Respostas para essas e outras questões foram propostas pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) no livro Apoio à criação de uma instituição de ensino superior indígena. O documento foi solicitado pelo Ministério da Educação, elaborado ao longo de 2014 e publicado em fevereiro deste ano pelo Centro. Nele, são apresentadas diretrizes para a criação de um instituto de ensino superior que atenda às populações da região do Alto Rio Negro.
O Instituto dos Conhecimentos Indígenas e Pesquisa do Rio Negro - Iciprn, foi idealizado de forma a abranger pesquisa e tradução de conhecimentos tradicionais desses povos, além de formar e preparar indígenas para tarefas amplas e gerar impacto nas comunidades indígenas. De acordo com o diretor executivo do CGEE, Marcio de Miranda Santos, o Projeto Político Pedagógico (PPP) do instituto representa um dos aspectos importantes da proposta.
“Trata-se de um modelo inovador, diferenciado e experimental de ensino, pesquisa e extensão que será gestado pelos próprios indígenas por meio de parcerias e articulações com organizações e instituições de ensino”, afirma.
O PPP organiza-se em dois ciclos: o ciclo de formação básica comum, com duração de um ano, e o ciclo de formação específica, com duração de dois anos. O primeiro contempla eixos temáticos como “Manejo do Mundo” e “Desenvolvimento, gestão territorial e projetos”. O segundo, específico, trata de “Gestão territorial e manejo ambiental” e “Economia indígena”.
O assessor técnico do CGEE José Hartur Setúbal Lima, afirma que o foco é o conhecimento tradicional indígena, mas disciplinas como direito e administração foram agregadas. “É fundamental que haja a formação de gestores. A ideia é que os próprios indígenas façam a gestão do instituto, à medida em que se perceba que eles têm autonomia para realizar esse trabalho”, lembra Setúbal.
A íntegra da publicação está disponível neste link.
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