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Internacionalização da Ciência precisa da integração entre políticas públicas, programas de fomento e de formação, defende diretora da SBPC

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Internacionalização da Ciência precisa da integração entre políticas públicas, programas de fomento e de formação, defende diretora da SBPC

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) promoveram na última quinta-feira (04/04) a Conferência Livre “Internacionalização da Ciência, Tecnologia e Inovação”. O evento contou com a participação do ministro Mauro Vieira, do MRE, do secretário-executivo do MCTI, Luis Fernandes, e de representantes dos dois ministérios e de entidades científicas do País, como a Academia Brasileira de Ciência (ABC), a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entre outras.

Na abertura do evento, o ministro das Relações Exteriores destacou a importância da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI) e os eventos preparatórios para a sua realização:

“Nós estamos em um ambiente de retomada do diálogo sobre os rumos do Brasil e sobre a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Não organizávamos uma Conferência de CT&I há 14 anos, a última foi em 2010. Esta é uma retomada profunda. Entre as atividades que já ocorreram e as que acontecerão, serão mais de 100 conferências livres, 18 conferências temáticas, conferências estaduais em todos os Estados e no Distrito Federal, além das conferências regionais com ampla participação da sociedade. Certamente nós chegaremos a mais de 50 mil pessoas participando dos debates da 5ª CNCTI.”

Vieira ressaltou que, além de ser uma movimentação para a construção de políticas públicas, as atividades da 5ª CNCTI são um reconhecimento da produção acadêmica nacional. “Estamos em um período extremamente rico, de retomada do diálogo, mas também de esperança, para conseguirmos transformar a Ciência, Tecnologia e Inovação em um pilar do desenvolvimento do País.”

Representando a SBPC, a diretora da entidade e professora emérita da Universidade de Brasília (UnB), Fernanda Sobral, destacou, em um dos painéis do evento, a importância da participação do Brasil em projetos de cooperação internacional. “Eu vejo a internacionalização em três dimensões: na política, no fomento e na formação. Na política, ela já está posta desde 2012, com as Estratégias Nacionais de Ciência e Tecnologia. No fomento, ela tem várias facetas: está nos programas de mobilidade, nas colaborações físicas e virtuais entre pesquisadores, nos contratos de pesquisa supranacionais e nas participações em órgãos internacionais de pesquisa. Por fim, quanto à formação, os programas de pós-graduação do País estão se estruturando bem para incentivá-la.”

Sobral pontuou que a internacionalização é uma consequência do desenvolvimento do País: “Por que estamos querendo tanto a internacionalização da ciência? Primeiro porque a própria globalização não vem só na dimensão econômica, ela afeta a cultura e a academia também. E a revolução das tecnologias da informação e comunicação leva também à internacionalização.”

Além de Sobral, o painel também contou com as presenças de Alvaro Toubes Prata, da Academia Brasileira de Ciências (ABC); Odir Dellagostin, presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa); e Amanda Harumi, diretora de Relações Internacionais da Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG). A mediação foi da Secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Márcia Barbosa.

O encontro faz parte da programação preparatória para a 5ª Conferência Nacional de CT&I, que será realizada nos dias 4,5 e 6 de junho, em Brasília.

O evento completo está disponível no canal do YouTube do MCTI.

Fonte: Rafael Revadam – Jornal da Ciência