Durante a apresentação, a economista argumentou sobre a importância e o dinamismo da intervenção estatal na história do capitalismo moderno, sendo o Estado responsável não só por corrigir falhas, mas também por criar mercados. Mazzucato ressaltou ainda a importância de que haja um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento."Pensar e investir em inovação é progressista. A sociedade, o setor privado e os políticos precisam conversar sobre as missões que têm em comum."

Num bate papo de perguntas e respostas, o secretário-executivo do MPOG, Dyogo Oliveira, defendeu o papel do Estado como indutor do desenvolvimento econômico. Segundo ele, é preciso desmistificar a crença de que há um antagonismo entre o Estado e o mercado. “Esse antagonismo não existe, pois não há desenvolvimento e crescimento econômico sem instituições sólidas. A existência de uma atuação estatal que coordene, resolva conflitos e direcione as decisões para o melhor aproveitamento dos recursos e para o alcance dos resultados é base para o funcionamento dos mercados e para a economia crescer.”

O secretário-executivo do MPOG reiterou ainda que o Estado brasileiro tem a tarefa de conciliar a função de Estado indutor com as demais funções. “Além de sermos responsáveis por políticas geradoras de crescimento, somos um Estado de redistribuição de renda. Nesse sentido, o grande desafio é preservar as conquistas sociais e melhorar a eficiência das políticas públicas, garantindo os investimentos e ampliando a participação do setor privado.”