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O poder da marca

Palestra

O poder da marca

Você sabe o que é branding?

A melhor forma de descobrir a essência de uma marca com foco no ser humano é o chamado branding, segundo Lincoln Seragini, especialista no assunto. Seragini falou sobre sua vasta experiência de trabalho com empresas de diversas especialidades e em diferentes níveis aos colaboradores do CGEE, na semana passada (28/06). O público, composto por pessoas que atuam em diferentes áreas - de administrativas a técnicas - e convidados de outras instituições, se deixou envolver pelas novas propostas de transformar negócios a partir da sua humanização e de sua própria verdade.

“O novo paradigma do mundo não se concentra nem mais no produto nem no consumidor, mas nos valores”, defendeu o especialista com mais de 40 anos de profissão. “Os empresários devem se perguntar: como melhorar a vida das pessoas?”, disse inquieto ao público. É aí onde entra o branding - agregar valor a uma marca fazendo-a útil à sociedade - e o conceito de design thinking, ou design do pensamento - resolução de qualquer problema, como a fome no mundo ou o layout do seu escritório - por meio do design estratégico. E o melhor: não precisa ser exclusivamente designer para aplicar esses conceitos no dia a dia.

Seragini, que tem sua própria empresa e atende grandes marcas de todo o Brasil, mostrou esses conceitos aplicados à prática, como no caso de uma empresa de pregos que começou a atrelar à sua marca o desejo de trazer bem-estar a seus clientes, ou de uma marca de detergentes que reformulou sua marca associando os conceitos de sustentabilidade, simplicidade e carinho. “Era uma fábrica pequena, que começou no interior e depois expandiu, fomos buscar sua história, sua essência, para descobrir qual era a verdade que existia por trás da fabricação dos produtos”, contou. Para ele, o branding não permite inventar histórias, é preciso assumir a verdade.

De acordo com o especialista, o branding cria o intangível, coloca os funcionários como defensores e aliados da empresa, já que se sentem parte e se identificam com sua missão. “As empresas não precisam mais formar mão de obra e sim cérebros de obra”, defende. Para ele, qualquer pessoa na empresa, independente da área ou do cargo que ocupa, pode ter ideias criativas e contribuir para a melhoria do negócio, se assim for estimulado. Além do mais, acredita ainda que a aplicação do branding é universal, não importa se a empresa é grande ou pequena, nova ou antiga, pública ou privada.

Para Henrique Vila, assessor do CGEE, a oportunidade de ouvir as ideias e crenças do engenheiro de formação, mas designer de coração, foi muito instigante. O assessor acredita que “o comprometimento das instituições, isto é, de seus atores diretos e colaboradores ao “sistema” e não apenas ao “negócio”, a compreensão do papel socioambiental e até antropológico da empresa além dos aspectos econômicos strictu sensu, a adoção de valores como a ética e compromisso com o ambiente são algumas das características que devem presidir os novos conceitos empresariais”. Na sua opinião, o processo de branding avança no Brasil e deve repaginar as empresas brasileiras e suas relações com os consumidores.

Na opinião de Luiza Folle, estudante de design na Universidade de Brasília (UnB) e estagiária no CGEE, receber a visita no Centro de alguém como Seragini foi inspirador. “Ele falou sobre áreas em grande crescimento e que vêm ganhando muito destaque no design e nas grandes empresas. Por serem áreas de estudo relativamente recentes são poucas as oportunidades de ouvir alguém com grande experiência no assunto”, concluiu.



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