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Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação do CGEE é tema de webinar promovido na Reunião Anual da SBPC

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Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação do CGEE é tema de webinar promovido na Reunião Anual da SBPC

O trabalho desenvolvido pelo Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (Octi) do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) foi debatido, ontem (26), durante a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O encontro foi organizado virtualmente e contou com a participação da líder do projeto, Adriana Badaró; do professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mariano Macedo; e do assessor técnico do CGEE, Marcelo Paiva. 

Na ocasião, a líder do Octi explicou que o observatório realiza estudos para subsidiar a tomada de decisão de políticas e ações nos setores público e privado. Por meio do projeto, são oferecidos monitoramentos contínuos de indicadores e panoramas temáticos de produções científicas. A ideia é obter, sistematizar e divulgar informações atualizadas, de acordo com metodologias cientométricas e estatísticas que permitem a geração de dados confiáveis sobre os sistemas de CT&I brasileiros. 

A líder destacou que a atuação do observatório está alinhada com a missão do CGEE, que tem uma expertise consolidada ao longo dos seus mais de 20 anos, tanto na realização de estudos de futuro quanto na avaliação de políticas, programas e projetos em ciência, tecnologia e inovação. 

Durante o debate, foram compartilhados as metodologias e os estudos que estão sendo desenvolvidos pelo Octi. O projeto conta com dois eixos de análise: Panoramas e Indicadores da Geografia da CT&I. Sobre o primeiro recorte, Badaró afirmou que a ideia é trazer o que está sendo realizado pela produção científica, no Brasil e no mundo, no sentido de identificar os principais objetos de pesquisa e os temas mais consolidados, a nível regional, institucional e nacional. 

"Nós apresentamos o que os nossos pesquisadores e as nossas instituições têm investido em termos de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico e o pensar sobre a inovação. Temos aqui um olhar para o futuro, ou seja, a partir da análise de todo esse conjunto que temos observado, levantamos quais são as tendências temáticas", disse. 

O segundo eixo, de Indicadores da Geografia da CT&I no Brasil, disponibiliza mapeamentos dos potenciais e problemas enfrentados pelos estados e regiões brasileiras, ao abordar temáticas como financiamento, dispêndio em P&D, cooperação, inovação nas empresas, formação e emprego de mestres e doutores. Esse item foi abordado no webinar pelo professor da UFPR, Mariano Macedo. Durante a sua apresentação, ele falou sobre as variáveis-chave que condicionam a ciência, tecnologia e inovação no Brasil, considerando a relevância desse setor para o desenvolvimento regional e local. 

"Um dos objetivos do trabalho é destacar os elos de relações de empresas e instituições de Ciência e Tecnologia, sabidamente um dos gargalos do SNCT. Nós temos pouca informação sobre a natureza, a diversidade e a importância desses elos nos sistemas regionais e locais de inovação", ressaltou. 

O professor lembrou que o observatório está sistematizando dados e informações sobre insumos, processos, impactos e resultados relacionados aos sistemas nacional, regional e locais de CT&I. Hoje, a Plaraforma Octi conta com 20 indicadores publicados, com visualizações interativas e customizáveis de acordo com os interesses do usuário. Para conhecer o projeto, acesse https://octi.cgee.org.br/.

"Aqui estamos organizando os indicadores com uma determinada metodologia, que nos permite entender aspectos estruturais sobre os sistemas de ciência, tecnologia e inovação das unidades da Federação, das regiões e do Brasil", disse. 

 

Pernambuco 

 

Durante o debate, o assessor técnico do CGEE, Marcelo Paiva, apresentou um estudo preliminar sobre a produção científica com a participação de instituições de Pernambuco. A iniciativa, que abrange o período de 2017 a 2021, foi realizada a partir de um levantamento da produção indexada na Web of Science. 

"A ideia do estudo veio a partir da oportunidade de fazer um levantamento da atuação pernambucana, relatada e indexada em uma das plataformas que viabiliza esse tipo de trabalho. Olhamos para os papers, mas também fizemos uma expedição no formato de editoriais e de trabalhos completos apresentados em congressos", lembrou. 

 

De acordo com ele, a ideia é ter um levantamento do registro do esforço científico, de insumos e subsídios para a tomada de decisão no âmbito regional, com o foco em Pernambuco. 

 

Acompanhe como foi o debate: https://www.youtube.com/watch?v=bz3v42cjQv8&t=775s