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Oficina retoma atividades do CDR DF nesta terça-feira (25)

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Oficina retoma atividades do CDR DF nesta terça-feira (25)

Teve início, na manhã desta terça-feira (25), a Oficina de Refinamento dos Alvos Temáticos do Centro de Desenvolvimento Regional Distrito Federal (CDR DF). O objetivo do evento é revisitar e aprofundar os alvos homologados na oficina anterior, em 2018; fortalecer a participação do fórum, equiparando os setores envolvidos; e apresentar a nova gestão do CDR DF.

“A expectativa é, com esta oficina, poder lançar uma nova chamada de projetos até o fim de julho para, em agosto, decidir qual será a carteira definitiva do CDR DF”, afirma o professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Paulo Barone. No total, foram registrados 66 participantes de diversas instituições e da sociedade civil.

O evento, que ocorre no período da manhã e tarde no Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), teve início por volta das 9h30, com café da manhã oferecido aos presentes, seguido da mesa de abertura. A mesa contou com a presença da diretora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Regina Silverio; do assessor especial da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal, Dionei Walter da Silva; do professor Paulo Barone; do coordenador do CDR DF, professor Neantro Saavedra; da diretora de Pesquisas do CDT/UnB, Claudia Amorim; e do deputado federal Vítor Lippi (PSDB-SP).

Lippi abriu as falas do dia, afirmando que “só o conhecimento transforma” e que o projeto dos Centros de Desenvolvimento Regional é uma das maiores oportunidades que o País tem para aplicar todo o seu conhecimento para reduzir desigualdades.

“Temos algo muito estratégico e importante para qualquer País: uma das maiores redes do mundo de universidades públicas, federais e estaduais. São cerca de 1,4 mil campi, localizados em todas as microrregiões brasileiras. A universidade é fundamentalmente estratégica, é onde estão 95% dos pesquisadores. Precisamos de bons projetos viáveis e competitivos, com qualidade e que possa gerar mais recursos para a comunidade. Nossos jovens serão protagonistas da mudança nos locais onde mais se precisa”, afirmou.

Em pronunciamento feito logo em seguida, a diretora do CGEE, Regina Silverio, afirmou que a proposta do Programa CDR é trabalhar com a governança dos recursos já disponíveis, em detrimento da criação de novas estruturas ou infra-estruturas. “A falta de governança faz com que recursos sejam aplicados na mesma coisa. Quando temos essa governança entre o setor público e privado, conseguimos compor um trabalho em que cada um desempenha o seu papel, o que faz com que os projetos sejam viáveis. O refinamento será feito de forma integrada, onde cada instituição que está aqui conosco contribuirá com aquilo que desenvolve no seu dia-a-dia", afirmou. 

O professor Neantro Saavedra, que assumiu a coordenação do CDR DF neste ano, expressou “satisfação” por ter sido escolhido para a função. “Em minha experiência como acadêmico, vejo com grande alegria que o Distrito Federal está na busca por se realizar como centro de inovação, muito mais do que ser apenas a capital do País. Ficarei muito satisfeito de poder contribuir”, disse.

Na fala que encerrou a mesa de abertura, a diretora do CDT/UnB, Claudia Amorim, afirmou que, dos  559 laboratórios de pesquisa da Universidade de Brasília, mais de 60 já prestam serviços de inovação e possuem interação forte com a indústria e com o mercado. “O que queremos é colocar essa estrutura, tanto humana quanto física, à disposição da sociedade. Participei dos outros encontros do CDR, foram muito frutíferos, mas podemos ainda refinar os alvos. As iniciativas individuais são importantes mas, orquestradas de forma articulada, elas são benéficas para todo mundo", lembrou. 

CDR: Histórico e expectativas

A coordenadora nacional do programa CDR pelo CGEE, Betina Ferraz, introduziu algumas informações a respeito da carteira de projetos do CDR Campina Grande que, recentemente, lançou uma carteira com sete projetos. A carteira, de acordo com Ferraz, “dialoga intimamente com os desafios dos municípios que compõem o CDR”. Ela explicou também que os projetos devem ser implementados no prazo de três anos, em parceria com 54 instituições, com investimentos no total de R$ 3,5 milhões. “É nesse patamar que queremos chegar com o CDR DF em muito pouco tempo”, afirmou. 

A coordenadora lembra também que, no caso de Campina Grande, vários professores que coordenaram os projetos deixaram seus alunos apresentarem os projetos. “São alunos que vêm do meio rural e 87% de seus pais são analfabetos. É com grande satisfação que a gente traz essas comunidades para pensar as agendas de desenvolvimento”, comemora.

Metodologia

O professor Neantro Saavedra apresentou alguns dados sobre o CDR DF e, em seguida, o assessor técnico do CGEE, Fábio Augusto Melo, explicou a metodologia que guiaria os trabalhos. “O objetivo principal é olharmos para os alvos delimitados na primeira oficina e tentar adequá-los a este novo momento do CDR, às novas demandas que se apresentam nas instituições e ter uma lista de targets, isto é, de alvos, condizente com a realidade em que estamos”, destacou. 

O assessor técnico do CGEE dividiu os 66 presentes em três grupos e explicou qual o objetivo da primeira parte do trabalho. “Cada grupo deve responder a três questões: ‘quais são as forças e fraquezas de cada alvo?’ ‘quais são as oportunidades e ameaças?’; e ‘quais são as prioridades de cada alvo?’”. Um facilitador acompanhou o trabalho das equipes, com o objetivo de dinamizar o diálogo e o debate no decorrer do exercício de refinamento.

“A função do facilitador é animar o grupo e não deixar que a discussão se disperse do assunto principal. Ele não sugere nada e nem influencia nas decisões do grupo, mas age apenas com uma espécie de lanterna, que aponta em que direção o trabalho deve seguir”, afirmou. Além disso, cada grupo deveria eleger, entre seus participantes, um relator das atividades. 



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