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Percepção pública sobre CT&I é tema de workshop promovido pelo CGEE

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Percepção pública sobre CT&I é tema de workshop promovido pelo CGEE

O primeiro workshop Pesquisa sobre Percepção Pública em CT&I foi realizado nesta quarta-feira (31), no Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília (DF). O evento é uma parceria entre o Centro e a Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A programação teve como objetivo discutir novas metodologias para o questionário sobre a percepção da sociedade a respeito da ciência, tecnologia e inovação.

O encontro dá continuidade às atividades da série histórica da pesquisa. Foram aplicados questionários em 2006, 2010 e 2015. O próximo estudo será realizado em 2019. A edição mais recente foi coordenada pelo CGEE, em parceria com o Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia (DEPDI) do então MCTI. As informações coletadas pela enquete estão disponíveis em forma de livro e no site do CGEE.

De acordo com a diretora do Centro, Regina Silvério, uma das ferramentas que serão analisadas nas próximas pesquisas de percepção em C&T são as redes sociais. Segundo a diretora, essa é uma maneira de abranger, no estudo, a opinião dos jovens. “A comunicação e as redes sociais estão cada vez mais efetivas, principalmente em um nicho que a gente ainda não tratou especificamente, que é o jovem”, apontou Silvério.

Do mesmo modo, o idealizador da consultoria Atlas Político, Andrei Roman, lembrou que a percepção das redes sociais tende a impactar cada vez mais que as mídias tradicionais.

Essas discussões contribuíram com o objetivo do evento e, como explicado pela coordenadora do projeto no CGEE, Adriana Badaró, devem nortear a “revisão e elaboração do próximo questionário, tanto para a enquete de campo quanto para a online.”

Badaró ressaltou, também, que a realização da pesquisa sobre a percepção da C&T no Brasil tem o propósito de subsidiar a formulação de políticas públicas na área, em especial no âmbito da educação científica e de sua popularização. A coordenadora fez, ainda, uma contextualização da pesquisa realizada em 2015, além de uma análise sobre a série histórica. 

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, destacou a relevância dessa avaliação da série histórica da pesquisa. “É importante a gente pensar em continuidade para poder fazer comparações. A SBPC, em particular, está envolvida nisso, quer participar disso,” complementou o presidente.

Já a representante do MCTIC, Júnia Quiroga, salientou a averiguação das informações dos entrevistados como um importante indicador da percepção social em C&T. De acordo com ela, as análises desses dados são “suficientemente abrangentes para, de fato, traçar perfis” dos participantes que responderam ao questionário.

O diretor do CGEE, Joaquim Machado, comentou o ponto central das discussões realizadas no workshop. “Dos oceanos até o espaço, há um local em que se pensa o futuro e, obviamente, sempre que projetamos o futuro, temos a obrigação e o dever de pensar a percepção da ciência e tecnologia no nosso contexto”, declarou Machado.

Também participaram das mesas do evento o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Yurij Castelfranchi; a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luísa Massarani; o pesquisador do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), Douglas Falcão Silva; o idealizador da consultoria Atlas Político, Thiago Costa; e o diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, dentre outros estudiosos. A pesquisa conta com a parceria da SBPC, do Mast e do Observatório Inovação, Cidadania e Tecnociência (InCiTe) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).