Notícias

Voltar

Pesquisa sobre percepção pública da C&T no Brasil é apresentada em Encontro na Unicamp

Percepção C&T

Pesquisa sobre percepção pública da C&T no Brasil é apresentada em Encontro na Unicamp

A população enxerga a ciência e a tecnologia como geradoras de soluções para os seus problemas. É o que revelou a pesquisa “A ciência e tecnologia no olhar dos brasileiros – percepção pública da C&T no Brasil - 2015”, elaborada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Esse e outros dados do estudo foram apresentados, hoje, no 5º Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura (EDICC 5), que acontece de 24 a 26 de abril, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O evento, realizado anualmente por alunos do Programa de Pós-Graduação do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp, tem como tema, neste ano, “Ciência, Tecnologia e Cultura: resistir e transbordar”. A coordenadora do estudo pelo CGEE e assessora técnica do Centro, Adriana Badaró, foi convidada para apresentar a pesquisa na ocasião.

Essa foi a quarta edição de uma ampla enquete que buscou conhecer a percepção dos brasileiros acerca do setor de C&T. A pesquisa ouviu cerca de 2 mil jovens e adultos, em todas as regiões do país, sobre aspectos como: interesse pertinente à C&T; grau de acesso à informação; avaliação da cobertura da mídia sobre o tema; opinião a respeito de cientistas; papel da C&T na sociedade; entre outros.

Destaques do estudo

De acordo com o estudo, os brasileiros concordam, em sua maioria, que: a ciência e tecnologia está tornando a vida das pessoas mais confortáveis; a pesquisa científica é essencial para a indústria; os governantes devem seguir, pelo menos em parte, as orientações dos cientistas; a experimentação animal deve ser permitida, dependendo do caso; e a C&T poderá contribuir para a redução das desigualdades sociais no país.

Segundo a pesquisa, 61% dos entrevistados demonstraram interesse por ciência e tecnologia. O índice é comparável às médias dos países que realizaram pesquisa semelhante. Na União Europeia, por exemplo, 53% afirmaram ter interesse por assuntos de C&T. No Brasil, o tema é o quinto que mais atrai a atenção da população – está atrás de medicina e saúde (78%), meio ambiente (78%), religião (75%) e economia (68%). O interesse por C&T é maior que em arte e cultura (57%), esportes (56%), moda (34%) e política (27%).

Dos entrevistados, 73% afirmaram que as atividades científicas e tecnológicas trazem mais benefícios do que malefícios para a população. Comparados aos resultados de enquetes internacionais, o Brasil se destaca como um dos países mais otimistas quanto aos benefícios das atividades de pesquisa e desenvolvimento. A China tem índice igual ao brasileiro (73%), os Estados Unidos (EUA) têm taxa de 67%, Espanha registra média de 64%, seguida de Itália (46%) e França (43%).

O interesse dos brasileiros pela C&T se reflete na confiança dos pesquisadores como fontes confiáveis de informações. O estudo mediu o índice de confiança de dez profissões. Assim como em 2006 e 2010, a confiança nos cientistas foi a mais alta (0,89), ficando à frente do índice dos jornalistas (0,74) e médicos (0,7).

A pesquisa teve como base um questionário com 105 perguntas, fechadas e abertas. Foram realizadas 1.962 entrevistas nas cinco regiões do País. Esse é o terceiro estudo coordenado pelo MCTIC e quarto em âmbito nacional. Em 1987, o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast/MCTIC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTIC) realizaram a primeira enquete nacional. As fundações de amparo à pesquisa dos Estados de São Paulo (Fapesp) e Minas Gerais (Fapemig) já financiaram estudos locais sobre a percepção pública de ciência e tecnologia.



Sem comentários ainda. Please sign in to comment.