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Os países da América Latina e do Caribe passam por um momento de construção de um novo processo de desenvolvimento. A análise foi feita, no dia 21, pelo presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, durante o Seminário Brasil - Ciência, Desenvolvimento e Sustentabilidade. O evento, realizado na sede da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), na capital fluminense, reuniu gestores do Sistema Nacional de CT&I, estudantes, acadêmicos e empresários.
"No pós-guerra tivemos um processo que urbanizou e industrializou os países da América Latina e do Caribe e criou uma classe média. No entanto, esse modelo não foi inclusivo e gerou uma dependência desses países por tecnologias internacionais", afirmou o presidente.
Ele lembrou que, nos anos 1980, a economia mundial se transformou e os países em desenvolvimento tornaram-se locais de mão de obra barata, fornecedores de commodities ou de atração de investimentos de curto prazo.
"Na virada do século 20 para o 21, a região passou a investir em programas sociais e econômicos focados no fortalecimento do mercado interno. A persistência dessas iniciativas tem sido alvo de críticas. Temos o desafio de consolidar esse novo modelo e aí que entra a ciência, tecnologia e inovação", disse.
Durante o seminário, que antecedeu o Fórum Mundial de Ciência (FMC), foi apresentada a Declaração da América Latina e do Caribe para o evento internacional. O documento lança as bases para um plano estratégico regional para a resolução de problemas comuns às nações do grupo.
"Esse é o ambiente ideal para as políticas de CT&I das nações latino-americanas e caribenhas serem discutidas e aperfeiçoadas", destacou o diretor da Divisão de Desenvolvimento Produtivo e Empresarial da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Mario Cimoli.
Na ocasião, a presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader, divulgou o documento "Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global: contribuição do Brasil". O texto é uma síntese dos sete encontros preparatórios ao FMC, realizados desde o ano passado, em todo o país.
"A ciência brasileira tem que ter integração com outros países, em especial com os da América Latina e Caribe, ressaltou.
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