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Seminário debate desafios para a promoção da inovação no País

SEMINÁRIO

Seminário debate desafios para a promoção da inovação no País

Um dos grandes desafios para o País é como promover o desenvolvimento na sociedade do conhecimento. A avaliação foi feita pelo presidente da Finep, Luis Fernandes, na abertura do Seminário Desenvolvimento Produtivo e Inovativo: Oportunidades e Desafios, que ocorre hoje (4) e amanhã (5), na capital carioca, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Ele lembrou que os investimentos governamentais em inovação no País têm sido maiores que os empresariais. “Se quisermos fomentar o setor, temos que fortalecer mecanismos como a subvenção econômica e o apoio a startups tecnológicas”, afirmou Fernandes. Ele também destacou a necessidade de recompor a capacidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (FNDCT).

Para o presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Mariano Laplane, a abordagem do seminário não poderia ser mais oportuna para reavaliar o que foi feito e antecipar tendências. “O tema do evento não é novo, mas periodicamente traz desafios. Precisamos ser mais eficientes na hora de incentivar a inovação”, disse.

Durante a solenidade de abertura, o diretor pro-tempore do Centro de Altos Estudos Brasil Século XXI, José Eduardo Cassiolato, lembrou que a crise de 2008 ainda se desenrola e apresenta desafios para as empresas. Já o vice-presidente da Firjan, Eduardo Vieira, destacou a importância da inovação para o desenvolvimento produtivo no Brasil.

Homenagem

Considerada uma das mais importantes intelectuais do País, a economista Maria da Conceição Tavares  foi homenageada durante a programação, em uma mesa especial. Na ocasião, um vídeo apresentou a sua trajetória. "O método e as análises da professora Conceição ainda estão válidos, assim como vários desafios do desenvolvimento do Brasil", disse Ricardo Bielschowsky, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O presidente do CGEE, Mariano Laplane, ressaltou que o melhor método para entender a realidade atual é o histórico estrutural, usado por Maria da Conceição Tavares. “Nós [Brasil] ainda estamos na periferia e o centro [os países desenvolvidos] é mais centro do que nunca”, destacou.

A professora ressaltou que a tarefa agora é de reconstruir o País na direção de um projeto de desenvolvimento nacional. “Hoje é fundamental recuperar a esperança”, afirmou.

Na ocasião, Tavares lembrou da sua trajetória acadêmica e da sua ida para a Finep, após ser presa pelo regime militar. “A instituição, por sua isenção e pela visão estadista de seu presidente, apoiou diversas pesquisas na área social, recebendo, inclusive, cientistas ‘mal vistos’ pelo regime”, disse.

O seminário tem como objetivo debater sobre o que realmente significam as novas políticas de desenvolvimento produtivo e de inovação necessárias à transformação produtiva, inclusão social e sustentabilidade socioambiental brasileiras. Sob o tema Oportunidades e Novas Políticas, o evento, que conta com o apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e do Centro de Altos Estudos Brasil Século 21, vai sediar debates acerca das políticas voltadas para a inovação, o desenvolvimento e a competitividade da economia brasileira frente à globalização financeira e tecnológica.

 



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