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Nanotecnologia

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A ascensão dos setores metal-mecânico e complexo de saúde foi decisiva para Fortaleza, no Nordeste, ter sido escolhida para sediar o 2º workshop Nanotecnologias: da Ciência ao Mundo dos Negócios. O evento reúne pesquisadores, empresas e gestores de instituições de ciência e tecnologia no dia 21 de novembro, no Golden Tulip Iata Plaza, na capital cearense, numa iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

O estímulo à interação entre as empresas e os institutos de ciência e tecnologia é um dos objetivos do encontro, que visa o desenvolvimento da nanotecnologia na região, com apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O MCTI investe hoje cerca de R$ 6 milhões em projetos de nanotecnologia, com recursos do orçamento ordinário, informa Francine Barbosa Silva, da Coordenação-Geral de Micro e Nanotecnologias da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI.

Francine Barbosa Silva informa que há previsão de aplicar mais R$ 30 milhões ainda este ano em projetos de nanotecnologia por meio de Subvenção Econômica da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) com recursos dos Fundos Setoriais. Segundo ela, a Pesquisa de Inovação (Pintec-IBGE) de 2008 revelou que mais de 600 empresas utilizam nanotecnologia no Brasil. “Dentre essas, cerca de 130 empresas foram contempladas em chamadas públicas para o desenvolvimento de produtos/processos nanotecnológicos, incluindo a Subvenção Econômica”, informa.

No mercado já são comercializados os produtos brasileiros com nanotecnologia. Como exemplos, Francine Barbosa Silva cita a Aquamais, Photoprot da Biolab, Secador de cabelos Professional Taiff e prancha alisadora Taiff Unique Titanium (tecnologia Nanox Clean), fosfogesso para construção civil da Inovamat, Linha NanoComfort da Santista Têxtil, LinhaActive do Boticário, dentre outros. De acordo com Sílvia Velho, do CGEE, também a Unifor conta com diversas iniciativas que vêm sendo apropriadas por empresas, como por exemplo a Esmaltec.

Sílvia Velho adianta que a decisão de realizar em Fortaleza o workshop está associada à visibilidade das atividades cientificas no campo da Nano. A nanotecnologia é uma área de pesquisa relativamente nova, em que o Ceará tem um destaque bastante relevante, pois a Universidade Federal abriga um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em nanotecnologia, coordenado por Benildo Cavada, conectado, em rede, com outros dez Grupos de Pesquisa em Nano nos Estados do Maranhão, Alagoas, Pará, Rio Grande do Norte e mais dois centros no próprio Ceará. Existem 10 INCT espalhados no Brasil.

“Tem me impressionado muito, nos meus contatos com pesquisadores do Ceará, o imenso entusiasmo pelo que fazem. Poucas vezes tenho visto pesquisadores com a verve do Marco Antônio Botelho, do IFCE, que falou sobre o trabalho como quem descreve os sucessos do filho que aprende a andar. Eu acho isso fundamental, dedicação incondicional à atividade cientifica que, como sabemos, tem o insucesso como vertente de aprendizado já que obriga a buscar novos caminhos”, disse Silvia Velho.

O workshop será aberto com palestra do secretário adjunto de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Adalberto Fazzio, idealizador da Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia e deste evento.


Nanotecnologia mostra desafios e aponta potencial para o desenvolvimento no Brasil

A dimensão do objeto da pesquisa básica em nanociência do físico Antonio Gomes de Souza Filho (UFC), a estrutura base do carbono, é tão pequena em comparação com uma bola de futebol como a pelota em relação à terra, na mesma ordem de grandeza. São sistemas pequenos em número de dados e nas menores dimensões, explica, ao informar que um nanometro - a unidade que mede a escala deste micromundo - é mil vezes menor que o diâmetro da hemácia, uma célula sanguínea.

Todavia, neste pequeno mundo da fronteira das ciências, as empresas e os governos apostam milhões de dólares em pesquisa de olho no potencial que pode influenciar diversas áreas da economia, saúde e meio ambiente, entre outras.

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(Matéria de Flamínio Araripe)



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