Notícias

CGEE realiza webinar "Diálogo em Financiamento da Inovação Verde"

A reunião contou com mais de 300 participantes com o objetivo de discutir as oportunidades de financiamento da inovação em tecnologias verdes.

Webinar Diálogo em Financiamento da Inovação Verde

O CGEE organiza o webinar em parceria com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

CGEE marca presença em mais uma edição da COP

Relembre as participações do Centro em edições passadas da conferência.

CGEE promove side event na COP28

Em parceria com a Inbar, o Centro sediará o side event "Bioeconomy value chain development for climate change mitigation & resilience: Bamboo & Amazon products".

CGEE na COP28: bioeconomia sustentável em destaque

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) é uma organização credenciada como observadora nas convenções das COPs.

CGEE divulga o projeto CHSSALLA em Fórum de Filosofia e Ciências Humanas

A apresentação foi realizada durante o Dia Mundial da Filosofia, data reconhecida pela Unesco.

Conselho de Administração aprova novos diretores do CGEE

Os nomes foram anunciados em reunião extraordinária realizada hoje (16).

Ministério alinha eventos preparatórios para 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

Para receber as contribuições dos diferentes atores do ecossistema nacional de CT&I, serão realizados eventos estaduais e municipais, além de reuniões temáticas.

Soluções sustentáveis para um setor produtivo consciente

O país precisa ser moderno, ter o setor produtivo disposto a investir em ações de sustentabilidade e o setor público disposto a criar legislações e ampliar as regulações com esse viés de responsabilidade socioambiental.

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Número de programas de mestrado e doutorado triplicou no País, aponta estudo do CGEE

Publicação

Número de programas de mestrado e doutorado triplicou no País, aponta estudo do CGEE

O número de programas de mestrado e doutorado no Brasil apresentou, de 1996 a 2014, um crescimento de 205% e 210%, respectivamente. A expansão de títulos concedidos dentro dessas categorias foi ainda superior, de 379% e 486%. Os dados integram um estudo inédito do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) que será lançado no dia 5, em Porto Seguro (BA), durante a 68ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

A publicação “Mestres e Doutores 2015: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira” revela que, apesar do crescimento do número de títulos de doutorado concedidos no Brasil, o seu valor ainda é baixo quando comparado a  outros países. Em 2013, por exemplo, a média brasileira foi de 7,6 doutores formados para cada grupo de 100 mil habitantes. Entre as nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas México (4,2) e Chile (3,4) apresentaram desempenho inferior ao Brasil.

“O crescimento dessa mão de obra qualificada tem sido contínuo e consistente ao longo de quase duas décadas, o que reflete uma política de Estado bem sucedida. No entanto, ainda temos um caminho longo para trilhar. O estudo demonstra que há uma grande distância em relação aos países desenvolvidos, o que nos incentiva a manter e expandir os investimentos”, avalia a coordenadora do estudo, Sofia Daher. 

A publicação também aponta que houve uma desconcentração geográfica da pós-graduação. Em 1996, a maior parte dos mestres e doutores se formou na região Sudeste. Apenas São Paulo e Rio de Janeiro foram responsáveis por 58,8% dos títulos de mestrado e 83,4% dos de doutorado daquele ano, respectivamente. Em 2014, esses Estados responderam, em conjunto, por 36,6% dos mestres e 49,5% dos doutores formados no País. 

“Isso decorre da criação de novas universidades e campi que alcançam áreas que antes eram menos atendidas pelo sistema de pós-graduação”, afirma Daher. O número de títulos de mestrado concedidos na região Norte, por exemplo, passou de 135, em 1996, para 1884, em 2014, registrando um aumento de mais de 1200%. No doutorado, os títulos foram de 21 para 301.  

A publicação traz pela primeira vez a dinâmica do emprego formal de mestres e doutores analisada em seis anos sucessivos. “Os dados apontam que, mesmo com o crescimento expressivo dos egressos da pós-graduação, eles foram absorvidos pelo mercado de trabalho formal. Vale destacar que parte dos mestres logo se engaja no doutorado, antes de partir para o emprego”, afirma a coordenadora do estudo, Sofia Daher. 

O estudo demonstra que a taxa de emprego formal dos mestres e doutores manteve-se estável de 2009 a 2014, em cerca de 66% e 75%, respectivamente. Já o grau de formalidade do emprego da população em geral é em torno de 53%, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A iniciativa revela, ainda, que houve um aumento da inserção de mestres e doutores em entidades empresariais de segmentos de alta tecnologia, passando de 18%, em 2010, para 24%, em 2014. “Isso reflete uma maturidade dessas empresas no reconhecimento da importância de ter em seus quadros mão de obra altamente qualificada capaz de contribuir para atividades inovativas em setores como fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos; de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; e aeronáutica”, ressalta.

A publicação integra um esforço do CGEE para avaliar a formação de recursos humanos em ciência, tecnologia e inovação no País e subsidiar a formulação de políticas públicas na área. Trata-se de uma atividade contínua do Centro, já em sua quarta edição (“Doutores 2010”, “Mestres 2012” e “Doutores brasileiros titulados no exterior”).

A iniciativa tem como objetivo gerar informações sobre a formação e o emprego de mestres e doutores no Brasil. O estudo apresenta um amplo conjunto de estatísticas relacionados à formação desses recursos humanos especializados a partir do cruzamento das bases de dados da RAIS/MTE, Coleta Capes e Plataforma Sucupira/Capes.

O estudo será lançado durante uma sessão especial da 68ª Reunião Anual da SBPC. Os dados serão apresentados pelo diretor do CGEE, Antonio Carlos Filgueira Galvão, em um painel coordenado pela presidente da SBPC, Helena Nader. Os resultados serão repercutidos pelo presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Sergio Gargione; pelo representante da Diretoria de Programas e Bolsas no País da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), professor Adalberto Grassi; e pelo presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich.

Para ver o estudo na íntegra acesse o link: https://www.cgee.org.br/web/rhcti/mestres-e-doutores-2015