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Exposição sobre o Cerrado abre atividades da SNCT no Distrito Federal

MCTIC

Exposição sobre o Cerrado abre atividades da SNCT no Distrito Federal

05/09/2014

Palestra sobre a importância da popularização da ciência para a preservação dos biomas fez parte da programação da mostra, aberta ao público nesta sexta-feira (5).

Em palestra no primeiro dia da Exposição Cerrado – uma janela para o planeta, nesta sexta-feira (5), em Brasília, o diretor de Popularização de Difusão de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis/MCTI), Douglas Falcão, destacou a relevância de eventos desse tipo para tornar mais acessível a ciência no país.

A mostra abre as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2014) no Distrito Federal, evento que acontece em todo o território nacional, entre os dias 13 e 19 de outubro.

Segundo Falcão, apoiar centros, museus de ciência e eventos de divulgação científica, como a SNCT, é um instrumento eficaz de política pública para levar o conhecimento à sociedade, de maneira que as pessoas se apropriem desse saber e o utilizem no cotidiano.

Falcão, que também é coordenador nacional da SNCT, adiantou alguns dados da 3ª pesquisa Percepção Públicada Ciência e Tecnologia no Brasil, realizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE/MCTI). O estudo deve ser divulgado ainda neste ano.

Na primeira edição, em 2006, apenas 4% dos entrevistados disseram ter visitado museus e feiras de ciência nos 12 meses anteriores, percentual que passou para 8%, em 2010, e para 11% nesta última avaliação.

O diretor do MCTI informou que, em 2009, existiam cerca de 180 museus de ciência e tecnologia espalhados pelo país. Agora esse número chega a 280. "Houve uma melhora significativa, no entanto, é um número ainda insuficiente para o Brasil, tendo em mente a total da população e o tamanho do nosso país", ressaltou Falcão.

Sobre a exposição e o Cerrado

A mostra é realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Museu de Ciência e Tecnologia de Brasília e a Universidade de Brasília (Unb).

A exposição é gratuita e ficará em cartaz até o dia 19 de outubro no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB) de Brasília. Exibição de filmes e de fotografias, atividades educativas e oficinas integram a programação, que visa aproximar o público do segundo maior bioma do Brasil.

A doutora em geobotânica e professora do departamento de Ecologia do Instituto de Ciências Biológicas da UnB, Mercedes Bustamante, comenta sobre a relação entre educação científica e desenvolvimento sustentável.

"Quando se fala de educação científica, é importante ressaltar que, no mundo moderno, a ciência, a tecnologia e a educação ocupam, cada vez mais, um espaço fundamental. Os cidadãos deste e dos próximos séculos precisarão dessa bagagem, porque isso nos permite participar e investigar, sistematicamente, quais questões estão relacionadas tanto às prioridades pessoais como às comunitárias", disse. "Vivemos em um mundo dinâmico, que exige respostas, e a ciência e tecnologia permitem que nos apropriemos desse saber".

A professora também destacou a diversidade e a riqueza do Cerrado, que tem 12 mil espécies, sendo um terço delas, endêmicas. O bioma é a segunda maior formação vegetal da América do Sul. Está presente em 24% do território brasileiro e engloba 11 estados distribuídos pelo Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

"É quase um quarto do território brasileiro que continua sendo uma área desconhecida por maior parte dos brasileiros, inclusive por aqueles que vivem na região", observou Mercedes.

Apesar da diversidade, 6% do Cerrado faz parte do sistema nacional de áreas protegidas. "Isso mostra a contradição de um sistema muito rico e pouco protegido. É um indicativo de que precisamos pensar um pouco mais em como utilizar e valorizar esse território. Essas são opções que a educação científica nos permitirá avaliar", ressaltou.

Para mais informações, acesse: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/cerrado-uma-janela-para-o-planeta/


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